sexta-feira, 30 de março de 2012

Dinheiro Público para Comunidades Cristãs?



Foi realizada no dia de ontem (29 de março, quinta-feira), no auditório Milton Figueiredo, uma audiência pública presidida pelo deputado estadual Emanuel Pinheiro que tratou do assunto das chamadas "comunidades terapêuticas" e sobre a possiblidade das mesmas receberem verba pública para o seu funcionamento. Durante a maior parte do tempo, o auditório mais pareceu uma igreja neopentecostal. Só faltou alguém cantar "PARA A NOOOOOOOOOOOOSSA ALEGRIIIIIIIIIIIIIIIIIAAAAAAAAAAAA...". Os religiosos aproveitaram para fazer proselitismo e um ou outro parlamentar aproveitou para disparar discurso demagógico para fazer uma média com os crentes presentes no local.

Em primeiro lugar, absolutamente ninguém é contra o trabalho dessas pessoas abnegadas que ajudam narcodependentes a se livrarem de seus vícios. O problema todo está em se discutir a possibilidade de se usar dinheiro público para financiar instituições que fazem proselitismo religioso. Isso ficou bem claro, por exemplo, no pronunciamento da doutora Daniela Bezerra, representante do Fórum Intersetorial de Saúde Mental. Ela deixou claro que um viciado que é tratado por essas comunidades cristãs não estão abandonando a dependência, só estão trocando uma droga por outra (ou seja, trocando o crack, a cocaína, o álcool etc. pela bíblia). Os monitores dessas comunidades, que também são pregadores religiosos, se aproveitam da condição de fragilidade psíquica dos viciados para inculcarem a doutrina religiosa nas mentes dos doentes. E isso é proselitismo religioso da forma mais perniciosa que existe, e dinheiro público financiando isso é um absurdo.

Robson Fireia, diretor da CUT, também se mostrou preocupado em deixar claro algo que deveria primeiramente ser preocupação dos representantes: dinheiro público tem que ser empregado exclusivamente em instituições públicas. Os serviços públicos que deveriam cuidar do problema dos usuários de drogas ilícitas deveriam receber a verba pública para funcionarem direito e não funcionam. Resta perguntar, com ceticismo: será que recebem o dinheiro? Robson também adotou a posição lúcida de defender a ciência em contraposição ao fanatismo religioso como forma de combate ao vício de drogas ilícitas. Essa mesma posição louvável também foi defendida pelo professor Reginaldo Araújo, da UFMT. Viciados em drogas deveriam ser tratados por profissionais de psicologia (e profissionais que também não façam proselitismo, pois hoje em dia existe até mesmo a figura nefasta do "psicólogo cristão"). Araújo ainda deixou claro que Cuiabá gasta cerca de 1 milhão de reais por dia no setor da saúde pública. Com todo esse dinheiro, a saúde não deveria, em tese, estar sucateda como está. Para onde vai todo esse dinheiro?

Mas o principal pronunciamento da audiência foi o do representante do Ministério Público, o promotor dr. Alexandre Guedes. Através de seu pronunciamento preliminar, pudemos perceber que o fato de que pessoas às voltas com problemas de drogadependência só procuram os parlamentares e as comunidades cristãs porque o serviço público realmente não está funcionando. Portanto, a discussão de dirigir verba pública às comunidades terapêuticas parece ser apenas um desvio de foco, pois trata-se de um absurdo. O foco principal deveria ser por que não há uma melhoria no serviço público de saúde, pois se os avanços nesse setor ocorressem de fato, não haveria a necessidade de se recorrer a essas muletas de terapias religiosas. Guedes encerrou o seu pronunciamento de forma brilhante, com uma defesa lúcida e direta da laicidade do Estado. Abaixo, trancrevo um trecho do pronunciamento do promotor:

"Quando se fala em recursos públicos para comunidades terapêuticas, nós estamos falando da mesma forma de recursos públicos para hospitais filantrópicos, e muitos deles são confessionais, são de igrejas. Então assim como uma pessoa que entra em um hospital que pertença a qualquer igreja, ela não é obrigada a receber sermões, mas ela tem que ser curada da sua apendicite, de qualquer problema que ela tenha, não se pode dar dinheiro público a quem usa proselitismo religioso. Isso tem que ser uma opção, isso tem que ser uma escolha. Não pode ser método e não pode ser condicionamento. Por quê? Porque os recursos públicos - agora eu estou falando como representante do Ministério Público do Estado brasileiro -, os recursos públicos, eles são pagos, os impostos são pagos por cristãos de suas várias denominações, são pagos por judeus, muçulmanos, umbandistas e ATEUS. E o dinheiro dos impostos, ele é todo misturado, e ele não pode ser usado para proselitismo religioso. Então essa é uma coisa que tem que ficar muito clara. Então as comunidades terapêuticas têm que aceitar as pessoas, homossexuais, ateus, umbandistas, do mesmo jeito que um hospital confessional recebe as pessoas. Quer dizer, tem que ajudar, ajudar a elas, mas não pode impor a sua religião, até por que o dinheiro dos impostos não pode ser usado, a Constituição proíbe que o dinheiro de impostos seja usado para fazer proselitismo religioso de qualquer religião. Isso vamos deixar muito claro."

Ninguém é contra o trabalho das comunidades cristãs. Sempre digo que é menos pior ver um bobalhão com uma bíblia debaixo do braço do que um bandido com um revólver na mão. Essas comunidades transformam bandidos perigosos em cordeirinhos pacíficos. Como afirmou Daniela Bezerra, os viciados, nesse caso, só trocam uma droga por outra. Mesmo assim, menos mal. O problema, como brilhantemente demonstrou o promotor Alexandre Guedes, é a possibilidade de uso do dinheiro público nessas comunidades. Ao invés de choramingar em audiências públicas, os líderes dessas comunidades deveriam pedir ajuda diretamente para Deus, e não para políticos. Como bem disse o promotor, não são apenas os cristãos que pagam impostos. Outros grupos sociais também são contribuintes e deveriam ser respeitados, pelo bem do Estado laico.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Em Questão: A Violabilidade da Urna Eletrônica



Um grupo de técnicos em informática conseguiu decifrar os códigos de proteção da urna eletrônica em testes encomendados pelo TSE. A notícia foi divulgada na última sexta-feira (23 de março de 2012) e pode ser conferida em detalhes no seguinte link:

http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2012/03/unb-diz-que-descobriu-fragilidade-na-seguranca-da-urna-eletronica.html

Desde que as urnas eletrônicas entraram em funcionamento no Brasil, eu sempre me mantive cético em relação a esses aparatos tecnológicos. Em primeiro lugar, se analisarmos o cenário político internacional, seria ingenuidade de nossa parte considerar que alemães, japoneses, suecos, estadunidenses etc. sejam idiotas e que saibam menos de informática do que nós, brasileiros. Nem a Alemanha, nem o Japão, nem os Estados Unidos e nem outro país de destaque no cenário internacional adotou o modelo da urna eletrônica. Por que, hem? A resposta mais plausível seria a de que nesses países as autoridades talvez não considerem que haja realmente a possibilidade de instaurar um sistema informatizado de votação que seja plenamente confiável no que diz respeito à questão da inviolabilidade.

Mas o que estaria acontecendo com a nossa urna eletrônica? Bem, para começar, toda essa conversa do TSE de que não é possível saber a ordem de votação dos eleitores nas diversas zonas eleitorais simplesmente não é verdade. Primeiro, há uma máquina que marca a ordem cronológica em que o eleitor chega. Quando o eleitor chega ao local de votação, há um mesário que aperta o botão para liberar a urna, e esse botão está ligado a essa urna por um fio. Essa ligação física permite saber a ordem em que cada eleitor votou, porque ela não segue uma ordem alfabética e sim cronológica. O eleitor chegou lá e vota, não interessa se o primeiro nome dele começa com A ou com Z. Ou seja, o mesário sabe a ordem em que eu votei, se eu fui o primeiro a votar naquela sessão, ou se fui o último ou qualquer outra ordem.

Os técnicos da UnB conseguiram quebrar o algoritmo, mas eles não têm a lista dos nomes dos eleitores. Mesmo assim, a lista não seria tão necessária. A partir do momento em que você desvenda a sequência lógica dos dados criptografados e também existe um fio que liga a urna à mesa, teremos, em consequência, a quebra do sigilo do voto. Isso é sério! O sigilo do voto do eleitor está seriamente ameaçado no Brasil. Quem pode garantir que quem quer que seja não esteja a par de como os brasileiros votam? Seria leviandade afirmar com precisão que aconteça fraudes. Mesmo porque isso é tecnicamente muito difícil de fazer. Mas de que é possível saber como o eleitor está votando, disso eu não tenho a menor dúvida. Em relação a isso eu não sou cético.

O sigilo do voto é uma questão fundamental, porque isso é uma proteção para o eleitor e para as instituições. Se não haver essa correlação entre voto e indivíduo, a opinião do indivíduo estará preservada. O eleitor é absolutamente livre para dar a opinião que ele quiser na hora do voto. Com a violação do sigilo, há a possibilidade de se fazer antecipações através de estudos apurados de como os brasileiros votam. Isso abre um precedente preocupante, pois já sabem quase tudo sobre o cidadão, e agora também podem saber como o cidadão vota. Isso abre uma possibilidade muito grande de controle da sociedade. Por isso o sigilo é importante. O sigilo do voto é muito importante para a democracia e para a sociedade, e a urna eletrônica (como ela atualmente se apresenta) nunca garantiu isso para nós.

Se há problemas sobre a questão da inviolabilidade do voto, como foi devidamente detectado pelos técnicos da UnB, é preciso urgentemente introduzir meios de evitar com que aconteça a violação do sigilo. Se, por um lado, a urna eletrônica nunca nos deu uma garantia plena de inviolabilidade do sigilo do voto, por outro, nem devemos pensar na possibilidade de retrocesso, de voltar aos tempos do voto no papel. Todos conhecemos a realidade brasileira. A apuração dos votos no papel cria dois impasses: torna viável a possiblidade da incorrência em fraudes e cria instabilidade política devido ao processo de demora na apuração. Outro perigo disso tudo é entrar na paranoia de imaginar um cenário distópico orwelliano, tiranizando a urna eletrônica como se ela fosse instrumento de um possível "Grande Irmão".

A incomensurável improbabilidade do conspiratório controle eletrônico da sociedade, porém, também não pode abrir um precedente para imaginarmos que NÃO HAJA conspirações. Se, por um lado, a posição de crédito total às teorias conspiratórias é ingênua, o posicionamento contrário é igualmente pueril. O que não falta nos bastidores do poder é conspiração (grandes reportagens esporadicamente veiculadas pelos meios de comunicação evidenciam isso). O que torna absurda a teoria da conspiração é atribuir TUDO às atitudes conspiratórias, como se fosse possível não existir situações que não sejam conspiratórias. Por que só agora estão provando que a urna realmente é violável? Por que isso não foi feito antes? Por que o TSE resistiu tanto tempo em colocar a urna à prova?

Que se criem mecanismos mais rígidos de segurança. Mas que esses novos mecanismos de segurança não passem necessariamente pela via do retrocesso. Voltar ao período do voto no papel seria uma derrota para a democracia. Mas que os eleitores também não se iludam com teorias conpiratórias tolas. Há uma ameaça ao sigilo? Sim, há. E ela deve ser encarada com a maior seriedade. Deve ser encarada sem apelo a medidas retrógradas e sem paranoias conspiracionistas. Tudo para o bem da democracia.

Havia Dois Grampos no Meio do Caminho de Demóstenes Torres



Nas últimas semanas pipocaram na imprensa denúncias contra o senador Demóstenes Torres sobre um possível envolvimento dele com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. No link abaixo, pode-se conferir o teor de algumas denúncias:

http://g1.globo.com/videos/goias/bom-dia-go/t/edicoes/v/suposta-relacao-de-demostenes-torres-com-carlos-cachoeira-podera-ser-investigada-pelo-stf/1877480/

As denúncias não podem servir de veredito final para afirmarmos que Demóstenes tenha vínculos profundos com a contravenção. Por enquanto, ele é apenas um suspeito. Todas essas denúncias não podem ser consideradas, em hipótese alguma, como prova. Mas é bom lembrarmos que o referido senador protagonizou um outro caso igualmente controverso. Em 2008, ainda sob o baque da Operação Satiagraha, aquela famosa operação da Polícia Federal que fez um teatrinho para prender o suspeitíssimo banqueiro Daniel Dantas e mais uma turminha de "gente da melhor qualidade", foi publicada na revista Veja a informação de que o ministro do STF Gilmar Mendes e Demóstenes Torres haviam sido grampeados pela ABIN.

Mendes concedeu dois hábeas corpus para Dantas e a suspeita da existência dos grampos foi ficando cada vez mais forte. Nessa mesma época, Mendes foi até o Palácio do Planalto para "conversar" com o então presidente Lula. Até hoje não se sabe o teor dessas "conversas" e tampouco o conteúdo dos grampos veio a público. E, por falar nisso, trata-se de um grampo bastante raro na história da espionagem brasileira, pois se trata de um grampo a favor. Conta-se que nesse grampo Mendes e Demóstenes se sobressaíam como "mocinhos da história". Nada constava que desabonasse ambos. Em 2010, a PF afirmou oficialmente que não havia encontrado quaisquer indícios de grampo nesse caso, e muito menos de que teriam sido feitos pela ABIN. Ou seja, a Veja teria dado um tiro no escuro sem acertar o alvo.

Mas o agora mitológico grampo parece ter cumprido a sua missão. Foi aí que a Operação Satiagraha começou a ser sepultada. Com a denúncia do grampo foi encerrada a carreira de Paulo Lacerda, então chefe da ABIN. A quem interessava que Paulo Lacerda saísse de cena? Logo ele, um eficientíssimo delegado que, desde a prisão de PC Farias, havia enjaulado diversos bandidos de colarinho branco. Todos sabem o final da história: Lacerda foi para Portugal, no que muitos poderiam interpretar como uma alegórica emulação de degredo, e Demóstenes Torres continuou por aqui, como um bom paladino das virtudes.
Nessa época, Demóstenes experimentou o Olimpo. Agora, dois anos depois, está amargando o Tártaro.

Mas a surpresa é que ele não está sozinho nessa parada. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo (http://www.ibgf.org.br/index.php?data%5Bid_secao%5D=2&data%5Bid_materia%5D=2726), uma enteada do ministro Gilmar Mendes é assessora parlamentar do gabinete do senador Demóstenes Torres. Na qualidade de senador, Demóstenes só pode ser julgado pelo STF, instituição da qual Gilmar Mendes é ministro, como todos sabem. É claro que, enquanto não houver provas, o senador não pode ser considerado culpado de coisa alguma. Mas não deixa de ser curioso que a situação política de Demóstenes tenha se complicado tanto justamente devido a uma prática de espionagem que, dois anos antes, ajudou a exaltá-lo.

Resposta a um Ufólatra



No fórum do blog Ceticismo Aberto, um certo defensor do chamado "fenômeno UFO" objetou algumas de minhas colocações acerca de algumas revelações sobre a "Operação Prato", que teria sido efetivada pelo Exército brasileiro na década de 1970 no norte do país. Aqui eu tomo a liberdade de reproduzir a objeção do ufófilo (que também se chama William) entre aspas. Abaixo das objeções dele, as minhas respostas:

"Vale lembrar que nossa tecnologia evolui passo a passo."

E daí?

"Lembre-se que por volta de 150 anos atrás, acreditávamos na abiogênese."

Ainda bem que em ciência não há espaço para crenças. Se você se preocupasse em pesquisar um pouco saberia que as pesquisas em torno da abiogênese são abundantes. Há uma grande quantidade de artigos científcos que tratam desse assunto. Por exemplo, a ureia já foi sintetizada em laboratório, em experiência conduzida por Friedrich Wöhler, o que prova que o orgânico pode muito bem ter sido originado pelo inorgânico.

"Que em mais ou menos 300 anos atrás, a terra era o centro do universo."

Acreditavam que a Terra era o centro do universo, mas não sabiam que não era, só para você saber a diferença entre crença e conhecimento. A ciência não trabalha com crenças. Qualquer hipótese precisa passar pelo crivo do método científico para ser considerada. Novamente você demonstra não só ignorância científica como também da História. O geocentrismo vigorou principalmente durante a Idade Média, época em que cientistas morriam queimados na fogueira da Inquisição. Ou seja, os cientistas não podiam, através de seus estudos, contradizer a tese de que a Terra era o centro do universo, defendida pela Igreja.

"E que até o ano passado, era improvável a criação de um computador quântico."

Não, não era. Há mais de uma década já se comenta que a sucessora da Era Digital seria a Era Quântica, com todos os seus gadgets. Basta pesquisar pelo assunto na internet.

"Para todas essas suas perguntas existe uma resposta verdadeira e científica, mas provavelmente não temos conhecimento científico o suficiente para respondê-las."

Nós não temos, mas quem sabe um ET teria, não é mesmo? Já que eles têm uma tecnologia tão avançada que permite que eles vençam distâncias inimagináveis com as suas naves, essas perguntas feitas por mim ao ET de Urano supostamente seriam fáceis de responder. Mas veja que o "ET" deu uma enrolada básica e não respondeu, o que me deixa com uma séria desconfiança de que não seja um ET e sim mais um desses palhaços do maravilhoso reino da internet.

"Quem sabe daqui um ano, 150 anos ou 300 anos?"

Quem viver, verá.

"Retire essas vendas dos olhos que só lhe deixam enxergar o que está a frente e, por vezes, tente olhar para os lados."

VENDAS??? Quer dizer agora que ser exigente e querer provas de alegações aparentemente absurdas é ter os olhos fechados? Eu olho para os lados, sim, e não vejo nada de extraordinário acontecendo, apenas ufólatras e ufófilos alegando coisas que não conseguem provar.

"Nossa história nos ensina que a informação é um bem que deve ser mantido para poucos, com isso, se mantém o controle da civilização."
 
Isso certamente poderia funcionar na Idade Média e até algum tempo depois. Talvez funcione hoje em dia. Mas não podemos ter certeza absoluta de que essa tua alegação seja 100% verdadeira. Por isso a teoria da conspiração é tonta: frases categoricamente afirmativas como "a informação está nas mãos de poucos para que se mantenha o controle da civilização" induzem à ideia de que TUDO é produto de uma mega-conspiração internacional, o que definitivamente não corresponde à realidade.

"Imagine só como ficaria o mundo após uma revelação governamental sobre alienígenas (supondo que são pacíficos):"

Primeiro você precisaria PROVAR que os governos escondem alienígenas, o que seria extremamente difícil. Provando, seria lógico que as autoridades se veriam obrigadas a revelar tudo. Novamente, fica fácil recair no lengalenga conspiracionista de sempre, afirmando que os governos escondem naves e corpos de ETs, mas prova que é bom, nada.

"1 – Grupos religiosos e até mesmo pessoas de pouca informação, cometeriam suicídio em massa. (Jim Jones conseguiu isso por muito menos)"

Isso não seria absurdo, visto que uma seita de ufólatras cometeu suicídio coletivo em 1998. Porém altas autoridades não deveriam se guiar por paranoias de suicídios coletivos de grupos de fanáticos. Deveriam, isso sim, colocar o bem do progresso científico em primeiro lugar. Depois, essas seitas ufólatras são insignificantes e casos como o de Jim Jones não são tão frequentes. Esse argumento do "medo de ondas de suicídio", tanto do ponto de vista dos governantes quanto de pessoas mais esclarecidas parece ser irrelevante.

"2 – Com fins pacíficos, haveriam trocas de tecnologia. (imagine que eles falem assim: não precisa queimar petróleo e poluir com essa energia infinita e não-poluente). A economia global entraria em colapso. África ficaria ainda pior. O Oriente Médio se afundaria de vez."

Como é possível afirmar com certeza que "haveria troca de tecnologia", mesmo que fossem pacíficos? E será que seres tão evoluídos estariam interessados em fazer "trocas" com uma civilização de tecnologia tão defasada como a nossa? Como alguns ufólogos poderiam provar que os ETs usam uma fonte de energia "infinita e não poluente"? Além disso, crises econômicas são cíclicas e dependem de diversos e complexos fatores, tanto para eclodir quanto para serem erradicadas. Segundo argumento meramente especulativo.

"3 – Várias religiões deixariam de existir. (Quer queira ou não, o mundo está sob controle devido à religião). O homem tende à maldade. Se ele não tem medo de morrer e ir para o inferno, purgatório, umbral, o que seja… ele não terá medo de cometer vários crimes."

A erradicação de religiões realmente seria um benefício. Mas penso ser isso utópico demais. Sua suposição parece afirmar a religião como um "mal necessário" para impor medo e converter pelo medo do "após-vida". Mas é bom lembrar que tanto durante o socialismo totalitário quanto nas teocracias (e principalmente nas teocracias) as pessoas não deixaram - e provavelmente não deixarão - de cometer atrocidades. A tendência ao crime e à brutalidade parece independer do fato de ser ateu ou religioso. Esse terceiro argumento é furado.

"4 – Creio que metade da população mundial já viu ou vivenciou algo estranho ou inexplicável. Ninguém cria histórias, ainda mais sobre ET´s para não os julgarem como loucos e dar motivo para chacotas."

De onde você tirou essa estatística? Tudo bem, conheço pessoas que contam histórias "misteriosas" que supostamente aconteceram com elas, mas sempre sem provas. Como dizem: as histórias contadas sempre são mais extraordinárias do que as histórias documentadas. Comigo já aconteceram fatos que, se eu tivesse a ingenuidade mística da maioria das pessoas, eu interpretaria pelo viés esotérico. Já vivenciei algo semelhante ao que os místicos chamam de "projeção astral", mas hoje sei que a neurologia pode oferecer explicações bem plausíveis para esse fenômeno, sem precisar recorrer a explicações místicas. Quanto ao argumento do "medo das chacotas" é bem fraco, pois esse medo não terá razão de ser a partir do momento em que você apresente PROVAS que corroborem as suas alegações. Simples relatos de avistamento não provam absolutamente nada, por maior que seja a credibilidade da testemunha.

"5 – Seia muita estupidez dizer que somos únicos no universo. Assim como foi estupidez dizer que não existia microrganismos a 150 anos atrás e que a 300 anos somos únicos e o centro do universo."

Da mesma forma que seria muita estupidez afirmar que não somos os únicos no universo sem apresentar provas. No passado as pessoas "afirmavam" coisas como o geocentrismo e outras bobagens porque a ciência não era tão avançada como nos dias atuais. Elas ACREDITAVAM que a Terra era o centro do universo, hoje SABEMOS que a Terra não é o centro sequer do sistema solar. Por mais que os crentes esperneiem, foi a CIÊNCIA que possiblitou um grande salto no conhecimento humano, e não as crendices místico-religiosas. O que a ciência não sabe, ela se cala. Existe vida em outros planetas? A resposta mais honesta é NÃO SEI. Aceitar a existência de ETs somente com relatos muito duvidosos como o do casal Hill, de Antônio Villas-Boas, de Adamski etc. é muita ingenuidade. Nõ estou afirmando que os referidos relatos sejam falsos, mas que são bastante duvidosos. Talvez tenha ocorrido algo de estranho com essas pessoas, mas afirmar que os casos sejam de origem extraterrestre é algo impreciso. A existência de vida em outros planetas não é IMPOSSÍVEL, mas é IMPROVÁVEL. Talvez venha a ser provável no futuro. Ou talvez não. Por enquanto, esse assunto continua sendo CRENÇA para os ufólatras e POSSIBILIDADE para os céticos.

A EQM Parece Ser Só Coisa da Sua Cabeça


Desde 1975, data da primeira publicação do livro Life after Life, de autoria do médico estadunidense Raymond Moody, o mundo assistiu a uma explosão de relatos do que ficou conhecido pela sigla de "EQM" (Experiência de Quase Morte). Os estágios desse estranho fenômeno são bastante conhecidos e já foram até retratados em telenovela da Rede Globo de Televisão. Primeiro, há a sensação de sair do próprio corpo. Depois, o fantasminha entra em um túnel. Por fim, o encontro com um "ser de luz" e com parentes falecidos em um local bastante aprazível. As pessoas que já passaram por essa estranha experiência afirmam que, a partir da mesma, obtiveram a tão desejada prova de que a vida continua mesmo após a falência orgânica.

Será mesmo? Será que experiências pessoais podem provar que algo é real? O próprio autor do best-seller que lançou a modinha da EQM lança sementes de dúvida sobre a credulidade de muitos. Em um trecho de seu livro, o doutor Raymond Moody afirma:

"Talvez, de certo modo, as experiências de quase morte sejam só sonhos que realizam desejos, fantasias ou alucinações que são postos em ação por diferentes fatores - em um caso, drogas, em outro, anorexia cerebral, em um terceiro, isolamento, e assim por diante. Assim, as experiências de quase morte poderiam ser explicadas como ilusões." (Raymond Moody, Vida Depois da Vida, Editorial Nórdica Ltda., Rio de Janeiro, RJ, 1979, pág. 163)

Moody diz não querer provar que existe vida depois da morte, mas também não assume postura de negação. O trecho acima citado é uma POSSIBILIDADE de explicação de tal fenômeno. Assim, o autor assume postura neutra diante do assunto. Postura correta. Porém, em 2010, um estudo realizado por cientistas parece dar uma pista do porquê desse estranho fenômeno conhecido por EQM. Sete pacientes terminais foram monitorados por um grupo de médicos enquanto morriam. Os moribundos tinham de 34 a 74 anos e passaram pelo processo de eutanásia sob anuência dos familiares.

Os médicos observaram que a atividade cerebral dos pacientes ia ficando cada vez menor. Mas, nos últimos instantes, bem pouco antes da decretação da morte cerebral, a região do córtex cerebral (reponsável pela consciência) entrava em processo acelerado de atividade. Durante esse "sprint", o córtex se manteve em atividade frenética em um período que se estendia de 30 segundos a três minutos, num ritmo muito mais intenso do que em qualquer outra etapa anterior. Depois apagava. Mas o que levava o cérebro a essa atividade tão intensa um pouco antes de ocorrer a morte?

O que levava o cérebro a essa atividade tão intensa um pouco antes de ocorrer a morte era a oxigenação deficitária dos neurônios. Quando os neurônios sofrem por falta de oxigênio, eles perdem a capacidade de reter energia e disparam de forma sequencial, num processo que pode permitir o advento de alucinações. Essas alucinações provocadas pela falta de oxigênio nos neurônios poderiam explicar as chamadas EQMs. O estudo foi realizado por uma equipe de quatro médicos da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, em 2010.

Além da possibilidade dos relatos de EQM não passarem de simples produto de alucinações, há outro entrave: esses relatos são de QUASE morte e não de morte. Os pacientes que relatam as EQMs passaram por morte clínica, e não por morte cerebral. Até hoje ninguém morreu e retornou para relatar com precisão o que acontece. Pelo menos por enquanto, a questão da sobrevivência da consciência após a falência dos órgãos continua sendo uma questão de fé.


Os Delírios Verbais da "Psicóloga Cristã" do Twitter


Em primeiro lugar, o que chama a atenção nas postagens da "psicóloga" é algo bastante comum entre crentes toscos: erros grotescos de português: "pessoas demasiadas cheias", além da falta de pontuação e grafia vulgar. Quem acessa a hashtag #ATEÍSMO no Twitter pode se deparar com pérolas de "sabedoria" como essas acima explicitadas. Não há novidade alguma. Ela comete as mesmas falácias de sempre, que todo cristão costuma cometer. Numa hashtag que deveria tratar sobre ATEÍSMO, ela ataca os ATEUS. Ou seja, ela ataca o argumentador e não o argumento.

Quando tenta atacar o argumento, ela se dá mal. Classifica o ateísmo como "crença da modernidade". Ateísmo é ausência de crenças e confiança apenas nos poderes da razão e da ciência. Crendices como o cristianismo não geram as convicções que só a ciência pode garantir. Depois, ela desdenha da razão, classificando-a como "fantasia, delírio e ideologia". Essa afirmação grotesca já depõe contra quem a profere. Quem sabe ela considere bastante coerente dar crédito a historinhas como a da cobrinha falante do Paraíso, do dia parado de Josué e outras lendas da bíblia.

Quando fala em "fatos históricos", ela não cita os mesmos. E ela também não cita o fato de que não existe teocracia que não seja sanguinária. Também parece esquecer do período das Trevas, quando o Teocentrismo era predominante. E a maioria dos crentes toscos parece preferir não citar que nem todo ateu é necessariamente comunista e que também há muitos RELIGIOSOS que são comunistas. Ou seja, usar o comunismo totalitário para rebater o ateísmo é outra falácia e atitude desonesta de crentes toscos.

Enfim, as afirmações da tal "psicóloga" são tão toscas que nem vale a pena perder muito tempo rebatendo-as. Quem tem um mínimo de conhecimento da história do cristianismo, do humanismo e do ateísmo não-comunista já pode fazer um julgamento razoável acerca do que essa pessoa escreve no Twitter. Penso que tanto o ateísmo quanto o teísmo têm seus pontos fracos. Ambas as linhas de pensamento possuem pontos que dão margem à dúvida. E, nesse caso, só a dúvida é certa. E até disso eu tenho dúvida.

Garota Ateísta é Xingada por Fanáticos Religiosos nos EUA



Jessica Ahlquist (foto), de 16 anos de idade, habitante da cidade de Cranston, no estado de Rhode Island, Estados Unidos, arranjou briga com praticamente toda a cidade, quase 100% infestada por fanáticos religiosos, só porque exerceu a sua cidadania através de uma atitude de preservação do Estado laico. Ela decidiu recorrer à Justiça para que a escola PÚBLICA onde ela estuda retirasse uma oração que ficava em um mural. Ou seja, ela só estava querendo que a Constituição de seu país, que estabelece a laicidade do Estado (não interferência de quaisquer religiões em assuntos do Estado) fosse respeitada. Uma oração cristã em uma escola PÚBLICA é uma afronta à laicidade. Ateus e não cristãos também pagam impostos. Mas é óbvio que nem todos gostaram da atiude da garota.

Por causa de sua atitude de cidadã, Jessica passou a ser alvo do ódio fundamentalista dos fanáticos de sua cidade e de seu estado. Uma das mensagens que ela recebeu no Twitter trazia o seguinte conteúdo de puro "amor cristão": “Espero que haja muitos banners [de oração] no inferno quando você lá estiver apodrecendo, ateia filha da puta!”. Primeiro, o ódio fundamentalista não é surpresa nenhuma, principalmente em um país como os EUA. Depois, Jessica não estava militando em nome do ateísmo e sim preservando a laicidade do Estado, um legítimo princípio constitucional. Mas, a exemplo de muitos países (inclusive o Brasil), os Estados Unidos parecem viver sob uma teocracia disfarçada, em que os fanáticos preferem ignorar o significado do termo "laicidade".

A horda de fanáticos animalizados reagiu de forma irracional e Jessica precisou até mesmo de escolta policial para continuar frequentando a escola. Não apenas a escola como também pais de alunos reagiram através de recursos judiciais, mas acabaram perdendo em todas as instâncias. Perderam todas, e a laicidade foi preservada. Mas nem a decisão irrevogável da Justiça estadunidense ajudou a aplacar o ódio dos fundamentalistas. O caso ganhou uma enorme repercussão e Jessica ganhou o apoio de instiuições ateístas e de céticos. A Fundação Freedom From Religion, formada em grande parte por céticos, encomendou buquês de flores para Jessica, mas várias floriculturas se recusaram em entregar as mesmas para a garota, tamanho o ódio generalizado dos fanáticos.

Para uma garota de 16 anos, Jessica tem reagido com extrema maturidade a tamanha pressão. Ela desmentiu que abandonará a escola, mesmo tendo que conviver com o ódio dos colegas e dos pais dos colegas. Ela afirmou de forma convicta que continuará na escola até a data de sua formatura, em 2013 (isso se algum talibã cristão não fizer algo de terrível contra ela, o que não é algo absurdo de se imaginar que aconteça). Jessica é uma menina guerreira, um exemplo de cidadania em tempos de predomínio de uma mentalidade medievalista calcada em fundamentalismo religioso. No Brasil, temos a famigerada bancada evangélica no Congresso, no Senado e nas câmaras municipais e estaduais. Será que já não é hora de brasileiros inspirados nessa brava garota estadunidense se levantarem para preservar a laicidade do nosso país?

Fonte da notícia e da foto: New York Times.
(http://www.nytimes.com/2012/01/27/us/rhode-island-city-enraged-over-school-prayer-lawsuit.html)

O Colisor de Hádrons Pode se Tornar a Primeira Máquina do Tempo



Todos sabem que as experiências no Colisor de Hádrons constituem a maior empreitada científica da atualidade em busca de respostas que a Ciência ainda não sabe. Muito se fala também de um dos objetivos de tais experiências, que é a busca da descoberta do bóson de Higgs. Mas o que poucos ainda têm conhecimento é que tais experiências podem também abrir a possibilidade de algo que, até agora, só é possível na ficção científica: viagens no tempo. Essa proposta foi divulgada pelos físicos Tom Weiler e Chui Man Ho, da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, em artigo que ainda não foi publicado. Weiler afirmou que a sua teoria de viagem no tempo não viola nenhuma lei da física e nem qualquer restrição experimental.

A criação do bóson de Higgs teoricamente implicaria também na criação de outra partícula, o singleto de Higgs. Segundo a teoria enunciada por Weiler e Ho, esse singleto teria a capacidade de penetrar em uma quinta dimensão e retornar para a nossa em um tempo que não seria o presente, mas o passado ou o futuro. Mas os entusiastas de filmes como De Volta Para o Futuro não precisam ficar muito animados, pois essa viagem só poderia ser feita em nível subatômico. Objetos complexos como o corpo humano não conseguiriam viajar no tempo. Porém, se o tal singleto for realmente detectado pelas colisões de partículas, os cientistas, no futuro, talvez possam controlar a "fabricação" de tais partículas e igualmente controlar as condições das hipotéticas viagens no tempo.

Fonte: Science Daily (http://www.sciencedaily.com/releases/2011/03/110315163330.htm)

A Ridícula "Foto Assustadora" da Gasparzinha da Indonésia




Este é um dos meus boatos de internet preferidos, justamente pelo fato de ser um dos mais ridículos e, portanto, divertidíssimo. Vou reproduzir parte da mensagem entre aspas e colocar os meus comentários abaixo das citações:

"Isso é horrivel, recebi e resolvi passar, mas é assustador................"

Quer dizer, é uma porcaria, mas ele não se importa em compartilhar porcarias.

"Isto não é uma piada. Nem ficção!"

É melhor do que uma piada, é um boato de internet, o que nos permite rir por mais tempo, devido ao teor ridículo travestido de "seriedade".

"Aconteceu de verdade na Indonésia."

Aconteceu "de mentira" na internet.

"Não fixe o olhar na foto por muito tempo por que você poderá começar a se sentir inquieto"

Sim, eu sempre fico inquieto quando eu estou gargalhando...

"a sentir uma brisa vagarosa soprando em seu pescoço"

Hmmm...

"sentir um arrepio percorrendo sua espinha"

Não tenho essas inclinações sexuais.

"e seus cabelos ficando em pé"

Eu sou careca.

"Não importa o que você faça, não olhe para os olhos, ou melhor, não encare."

É, talvez eu me apaixone pela fantasminha...

Depois da mensagem ridícula, vem a foto, mais ridícula ainda. Qualquer adolescente com espinhas no rosto consegue produzir uma imagem mais convincente no Photoshop do que essa fotozinha mequetrefe que não assusta ninguém. No final, a mensagem e a foto surtem efeito contrário: ao invés de assustar, divertem.
Imagem: Ceticismo Aberto

Como Ser Ateu




01. Não acredite em Deus.

02. Escreva Deus com letra minúscula, para deixar Professor Pasquale nervoso (pois ele acredita em Deus).

03. Fundamente suas teorias na filosofia e na ciência, mesmo que filosofia não seja científica, e mesmo que algo que você diga não seja científico.

04. Seja tão chato quanto um fanático religioso.

05. Incomode muito os outros nas redes sociais, compartilhando fotos engraçadinhas zuando os religiosos.

06. Leia Nietzsche mesmo sem saber escrever o nome dele.

07. Alegue que o estado é laico e que liberdade de religião é a liberdade de não ter religião e de escolher crer no que quiser, mesmo que sua religião seja contra essa liberdade. Tente achar isso na constituição.

08. Diga que é um desrespeito com a crença alheia pendurar símbolos religiosos em repartições públicas, mas aproveite o feriado de Corpus Christi (WTF?) para viajar para a praia.

09. Chame o feriado de 12 de outubro de "dia das crianças", explique que o Natal é uma festa pagã de culto ao Deus Sol e que a páscoa é o dia do coelho. Não se esqueça de ressaltar que Jesus é imitação de Hórus, ou qualquer outro deus/entidade/capeta que tenha a mais vaga semelhança.

10. Seja ateu, de verdade, sem crer, em hipótese alguma, em qualquer força paranormal no Cosmos.

11. Não adianta nada você não acreditar em Deus mas louvar outros deuses, animes, Chuck Norris, a Sylvia Saint ou o Capitão Nascimento. Ateu de verdade só acredita em si mesmo, e olhe lá. Afinal, tudo é relativo.

12. Queime uma Bíblia, um Alcorão, um papel de igreja, um padre, uma cruz, uma freira, um gibizinho da turma da mônica "Conhecendo Jesus" e faça o ritual de Ateitização rezando para o deus BigBang ninguém.

13. Acredite só no Big Bang como o início do Universo e em nada mais.

14. Chame qualquer um que crê e novas teorias para a origem do Universo(como a do Multiverso), da matéria do Universo, ou da própria existência da existência, chamando-os de herege ou pseudo cientistas fanáticos religiosos.

15. Vá à Igreja somente para satisfazer sua vontade de se sentir mais poderoso perante os outros ajoelhados. Achar graça em ver todos os religiosos tendo um orgasmo religioso, entrando em pânico, chorando, sendo possuídos pela Pombajira, berrando, sendo batizados pelo "Espirito Santo", olhando para o alto e achando que seus problemas acabaram, até que saiam da porta para fora e voltem à vidinha normal, até o próximo Domingo.

16. Chame a eucaristia de "comer o biscoitinho".

17. Diga para os crentes que diversos trechos da Bíblia foram inventados. Leve sempre na ponta da língua uma teoria pseudofilosófica, como a Kabala ou a Teoria das Cordas, pois se ele contra-argumentar e mandar você mostrar alguma prova, você pode mudar de assunto rapidinho dando outro problema pra ele pensar.

18. Seja rápido pra pensar, não pra responder. Mesmo que você não tenha alguma resposta, seja cético e sempre tenha outros argumentos na ponta da língua. Quando não souber responder um, jogue logo outro pro cara antes que ele comece a insistir. Não deixe ele pensar, apenas vá misturando os assuntos, confundindo tudo e mandando argumento atrás de argumento até ele se irritar.

Fonte: Desciclopédia.

Ilustração: sociedadeateista.com.br