quinta-feira, 22 de agosto de 2019
UM INTERVALO MUITO LONGO (2013-2019)
Muita, mas muita coisa aconteceu e está acontecendo no mundo durante este tempo em que deixei este blog abandonado para me dedicar a outros projetos. Entre tantas coisas, a chegada da horda de negacionistas ao poder. Eu quero me abster ao máximo em tocar em política partidária por aqui. Vou apenas analisar o fenômeno do negacionismo, bastante impregnado no atual governo. Num futuro post eu abordarei esse assunto. Nada como boas doses de ceticismo para demolir visões extremistas.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
O VERDADEIRO fim do mundo
É muito irritante essas ondas esporádicas de "fins de mundo", quando profetas histéricos do apocalipse costumam berrar aos quatro ventos que "o mundo vai acabar". A mais recente onda de histeria e imbecilidade coletiva aconteceu em 2012, quando conspiracionistas e delirantes em geral usaram uma tal "profecia maia" como pano de fundo para "provar" que o mundo iria acabar nesse ano, através da aproximação de um "segundo sol", que iria "realinhar as órbitas dos planetas". Esse segundo sol se chamaria "Elenin". Outros diziam que não só essa estrela, mas um planeta chamado "Nibiru" também iria se aproximar da Terra, com consequências catastróficas. Como todos sabem, 2012 acabou e a Terra continua estável em sua órbita.
Mas os conspiracionistas e lunáticos em geral não se deram por satisfeitos e trataram de inventar uma nova data para o "fim do mundo". Sim, agora, segundo os "entendidos", o mundo vai acabar em 2019. Se der errado, há uma outra "profecia": o fim do mundo acontecerá em 24 de abril de 2036, quando o meteoro Apophis se chocará contra a Terra. Em primeiro lugar, mesmo que a colisão acontecesse, o mundo não acabaria. O que poderia acontecer seria a extinção em massa de espécies (o mesmo que ocorreu com os dinossauros). Mas o mundo, o planeta, continuaria por aqui. Em segundo lugar, os cientistas já trataram de acalmar as pessoas, afirmando que o risco de colisão é desprezível. Ou seja, não há evidências de um fim de mundo a curto prazo.
Ao contrário dos fanáticos religiosos, dos esotéricos e histéricos em geral, a comunidade científica tem a resposta para quando o mundo vai acabar. A Terra se tornará inabitável dentro de cerca de um bilhão de anos devido ao aumento da luminosidade do sol. E, depois de mais quatro bilhões de anos, a Terra será inexoravelmente destruída. Esse evento passou a ser conhecido como "a morte do sol". As ilustrações abaixo ajudam bastante a compreender de forma bem clara o que o futuro reserva ao nosso querido planeta:
1. Dentro de um bilhão de anos o processo de instabilidade do sol terá início. A estrela ficará cerca de 10% mais luminosa do que hoje em dia e a consequência disso será o derretimento das geleiras. Conforme o planeta for se aquecendo, toda a água da superfície se evaporará e todo vapor de água junto com toda a atmosfera se perderão no espaço.
2. Dentro de três bilhões de anos, conforme o sol for ficando maior e mais quente, a Terra, agora totalmente desabitada, terá quase a mesma aparência que o árido planeta Vênus de hoje em dia.
3. Entre três e quatro bilhões de anos, o processo de transformação do sol em uma gigante vermelha se intensificará. Uma monstruosa usina nuclear vermelha dominará o firmamento da Terra. O céu não será mais azul, mudando a sua coloração para um degradê de vermelho-laranja. As montanhas começarão a derreter.
4. De quatro bilhões de anos para diante, o sol (agora uma gigante vermelha agonizante) já terá engolido os planetas Mercúrio e Vênus. A diáfana atmosfera do sol lamberá a superfície da Terra. Nesta ilustração, um hipotético observador vislumbra o sol a partir da superfície de Europa. Como agora o sol está vinte vezes maior do que nos dias de hoje, a crosta de gelo do satélite derrete em ritmo constante.
5. Visão do sol de quatro bilhões de anos no futuro visto a partir da superfície de Plutão. O que antes era apenas um pequeno ponto no céu gelado de Plutão agora aparece quatro vezes maior e aquece o antes frio planeta mais distante do sistema solar.
6. Pouco mais de doze bilhões de anos no futuro: o sol já ejetou todas as suas camadas exteriores. Agora, uma trêmula nebulosa infla igual uma bolha de sabão a partir do que sobrou do núcleo do sol, vista aqui a partir de algum ponto do Cinturão de Kuiper.
7. Se a Terra não for destruída (como acontecerá com Mercúrio e com Vênus), se transformará num astro gelado e sem vida. Essa será a visão do sol que um hipotético observador terá a partir da superfície do que outrora foi o planeta Terra. Depois da fase de gigante vermelha, o sol implodirá e será para sempre uma estrela anã branca e terá aproximadamente o mesmo tamanho que a Terra tem hoje.
8. Mas como desgraça pouca é bobagem, temos um bônus, como nos comerciais das facas Ginsu ou da Tek Pix. Como todos sabem, a nossa querida Via Láctea está em rota de colisão com outra galáxia, a de Andrômeda. Conforme uma for passando por dentro da outra, os braços espiralados da Via Láctea se estenderão e, com isso, o sol e todos os planetas do Sistema Solar serão ejetados para o espaço exterior. A visão do choque das duas galáxias seria ao mesmo tempo bela e terrível.
9. Depois do choque das galáxias, não haveria mais propriamente um sistema solar, mas uma anã branca solta pelo espaço e carcaças de planetas que antes orbitavam essa estrela morta. Depois disso, em tempo muito longínquo no futuro, haveria o Big Rip. A morte do universo.
Costumo dizer que a realidade é muito mais assustadora do que qualquer filme de terror. Mesmo assim, há esperanças. Não aquelas esperanças infundadas oferecidas por doutrinas religiosas, mas esperanças palpáveis. Antes da morte do sol é bem possível que a humanidade (se não for extinta) desenvolva tecnologias avançadíssimas que possibilitem a migração para outros planetas habitáveis. Para escapar do Big Rip, a solução ainda resvala na ficção científica, pois seria necessário a migração para um hipotético universo paralelo. Enfim, mesmo que TUDO acabe, ainda há uma pequena fração de esperança para a vida. Quem disse que só as religiões podem oferecer esperança?
As ilustrações são de autoria do artista Ron Miller. A página dele é esta:
LINKS INTERESSANTES SOBRE O ASSUNTO:
A ARQUEOLOGIA COMPROVA A EXISTÊNCIA DE GIGANTES!!!
Aha, quer dizer que arqueólogos comprovaram que aquela historinha de "nefilins" não era mitológica, como aparentava ser? NÃO! É claro que o título desta postagem é uma trollagem, uma emulação daquelas manchetes sensacionalistas do NP, uma "pegadinha do Mallandro", só para descontrair. A mensagem de e-mail que traz essa "notícia" é bem velha, mas ainda está em circulação. Sendo velha ou não a mensagem, o assunto ainda empolga alguns fundamentalistas mais ferrenhos. O trecho mais ridículo dessa mensagem é o que segue abaixo:
"Só para mostrar que a Bíblia é verdadeira com as suas lições de história que são aplicáveis tanto para o futuro como para hoje e que além de ser um livro espiritual, nos revela a História da humanidade. Isto é incrível. Não que já não tenha sido demonstrado que as Escrituras são verdadeiras, são apenas mais evidências para os nossos tempos."
O crente afirma que a bíblia é um livro de "História". Só se for de histórias da Carochinha. Ele derrama a sua abobrinha proselitista baseado em fotos que já foram devidamente desmascaradas como sendo fraudulentas. Além disso, a suposta "descoberta" teria sido feita na Grécia. Ué, se o negócio era associar os gigantes com alguma mitologia ancestral, deveriam associar, então, à mitologia grega, já que os "fósseis" estavam em solo grego. Se querem "referendar" a mitologia hebraica, por que não fazem escavações no Oriente Médio? Ao invés de nefilins, deveriam ter dito que as ossadas seriam dos Titãs e que não existe outro "Todo Poderoso" além de Zeus. Amém.
Alguns crentes que ainda não perderam a lucidez dizem que "só porque as fotos são falsas não significa que não existiram gigantes no passado". Claro. Também ainda não encontraram ossadas de sereias, o que não significa que elas não existam e não tenham existido no passado. Da mesma forma para outros seres muito comentados mas nunca vistos ou fotografados ou analisados em laboratório, como ondinas, mula sem cabeça, saci pererê e uma infinidade de outros.
Outros crentes, os "fronteiriços", nem se interessam por evidências e tampouco se interessam se as fotos foram ou não foram forjadas (neste caso, FORAM!). Acreditam cegamente em todas as abobrinhas da bíblia. Com eles, nem dá para dialogar. Mas tudo bem. Esses, pelo menos, são inofensivos (desde que não se intrometam na vida alheia). Os piores tipos de crente são os que inventaram essa mensagem de e-mail baseada nessas fotos forjadas. São fundamentalistas que não medem esforços para espalhar uma mentira como se fosse uma verdade.
Agora imaginem um cenário de pesadelo: Imaginem a maioria da comunidade científica formada por pessoas do tipo dessas que disseminaram essa mensagem mentirosa. Imaginem aberrações como "desenho inteligente" sendo ensinadas em escolas para idiotizar crianças e adolescentes. Imaginem professores misturando ciências com lendas bíblicas com o único intuito de difundir uma doutrina que não tem nada a ver com ciência. Isso já aconteceu em Várzea Grande (menos mal que era uma instituição particular), mas imaginem isso acontecendo em escolas PÚBLICAS. Por isso o ceticismo é importante: para desmascarar mentiras e desonestidades de fundamentalistas religiosos.
As Falácias de Michael Behe
Como defender um delírio se não através de falácias? É o que todo criacionista faz. Michael Behe, famoso criacionista estadunidense, depois de ter passado vergonha ao publicar sua obra "A Caixa Preta de Darwin", um livro todo escrito na base da falácia de apelo à ignorância e depois de ter tido a sua ignorância exposta publicamente em 2005, quando depôs em favor de um grupo de criacionistas que queria impor o criacionismo em uma escola pública da Pensilvânia, voltou a atacar pouco tempo depois. O artigo abaixo, publicado na revista Science, faz valorosamente a defesa da ciência, refutando as falácias de Michael Behe em mais um livro onde ele expõe publicamente seus argumentos pseudocientíficos. Eis o artigo, traduzido por mim:
DEUS COMO UM ENGENHEIRO GENÉTICO¹
Sean B. Carroll²
"O Senhor o devolveu às minhas mãos": Estas foram as palavras que Thomas Huxley, confidente e aliado mais leal de Darwin, teria murmurado a um colega ao fazer suas as palavras do Bispo Samuel Wilberforce e refutar a crítica do Bispo à Teoria de Darwin no lendário debate de 1860, em Oxford. Essas também são as primeiras palavras que surgem na minha cabeça conforme eu leio The Edge of Evolution: The Search for the Limits of Darwinism, de Michael Behe. Nele, Behe lança mais uma fornada de alegações explícitas sobre os limites da evolução darwinista. Ele alega que a Teoria da Evolução foi tão pobremente concebida que Darwin involuntariamente fez um grande favor aos seus críticos ao publicá-la.
Em Darwin’s Black Box: The Biochemical Challenge to Evolution (1), Behe aprofundou a noção de que certos sistemas bioquímicos são "irredutivelmente complexos" e que, portanto, não poderiam ter evoluído a partir do sistema darwiniano. A conclusão a que ele chega é que tais sistemas foram desenhados inteligentemente. Desde esse livro, Behe tem desenvolvido uma função importante no Movimento do Desenho Inteligente (ID, do inglês Intelligent Design), incluindo uma estrela tomada como testemunha de defesa no caso da escola de Dover em 2005. Apesar de seu testemunho - ou, devo dizer, em parte por causa do que ele disse (2) - o Desenho Inteligente foi considerado um conceito religioso e o seu ensino nas escolas públicas estadunidenses foi considerado inconstitucional.
Behe, um professor de Bioquímica na Universidade de Lehigh, tem encontrado ressonância entre uma grande parcela de criacionistas que consideram a evolução darwinista incompatível com as suas crenças religiosas e enxergam validação científica nas alegações de Behe. Claramente, o público-alvo desse novo livro também é aquele constituído por criacionistas, embora os mesmos possam considerar algumas partes do livro um pouco embaraçosas. Por exemplo, Behe aceita explicitamente a habilidade de mutação randômica e seleção para explicar as variações internas e diferença entre espécies proximamente relacionadas (mas não as mais altas taxas, como a classe dos vertebrados). Ele também aceita os cerca de 4,5 bilhões de anos de idade que a Terra tem e que nós temos um ancestral em comum com os chimpanzés. Isso certamente não cai bem em algumas rodinhas.
Behe também explora alguns exemplos de evolucionismo darwinista no nível molecular, incluindo um tratamento intensivo da "guerra de trincheiras" evolucionária lutada entre humanos e parasitas da malária ao longo do milênio, tudo dentro do contexto do que a evolução darwinista "pode explicar". Então, qual é o problema?
O problema é o que Behe considera que a evolução darwinista não pode fazer: produzir mais mudanças "complexas" do que aquelas que têm levado humanos a lutar contra a malária ou permitido que os parasitas da malária evitem as drogas que nós arremessamos contra eles. O principal argumento de Behe reside na assertiva de que duas ou mais mutações simultâneas são requeridas para acréscimos em complexidade bioquímica e tais mudanças estão, exceto em raras circunstâncias, além dos limites da evolução. Ele conclui que "a maioria das mutações que constroem as grandes estruturas da vida não devem ter sido aleatórias". Em resumo, Deus é um engenheiro genético que, de alguma forma, está desenhando mudanças no DNA para construir máquinas bioquímicas e taxas mais altas.
Mas, para chegar a essa conclusão, Behe se apoia em assertivas inválidas sobre como os genes e as proteínas evoluíram e como as proteínas interagem, e ele ignora completamente uma ampla porção de experimentos que contradizem as suas premissas deficitárias. Infelizmente, esses erros são de natureza técnica e, portanto, de difícil apreensão para leitores leigos, e até mesmo para alguns cientistas (aqueles que não são familiarizados com biologia molecular e com genética evolutiva). Algumas pessoas serão ludibriadas. Meu objetivo aqui é apontar as falhas críticas nos principais argumentos de Behe e guiar leitores através de algumas referências para ilustrar por que o que ele alega estar além dos limites da evolução darwinista se adequa muito bem dentro dos domínios da Teoria da Evolução.
O principal erro de Behe é minimizar o poder da seleção natural de agir cumulativamente como características ou moléculas que evoluem gradualmente de um estado para outro via intermediários. Behe aponta corretamente que na maioria das espécies duas mutações adaptativas ocorrem instantaneamente em dois locais específicos em um gene são muito improváveis e essas mudanças funcionais nas proteínas costumeiramente envolvem dois ou mais locais. Mas essa é uma falácia non sequitur para saltar a conclusão, como Behe faz, de que tais realocações de múltiplos aminoácidos portanto não podem ocorrer. Realocações múltiplas podem acumular quando cada realocação de aminoácido afeta a performance, mesmo rapidamente, porque a seleção pode agir em cada realocação individualmente e as mudanças podem ser feitas sequencialmente.
A contra-gosto, Behe admite que apenas "raramente, muitas mutações podem sequencialmente adicionar a cada um para melhorar as chances de sobrevivência de um organismo". Raramente? Esta, obviamente, é a rotina diária da evolução. Exemplos de seleção cumulativa mudando múltiplos locais em proteínas evoluintes incluem resistência de tetrodotoxina em serpentes (3), a mudança de cor na visão dos animais (4), resistência ao antibiótico cefotaxima em bactérias (5), e resistência à pyrimetamina em parasitas da malária (6) - uma notável omissão considerando a extensiva discussão de Behe acerca da resistência da malária às drogas.
Behe parece ignorar qualquer apreciação sobre as dimensões quantitativas da evolução molecular. Ele parece pensar nas características funcionais das proteínas em termos qualitativos como se as ligações ou catálises fossem tudo ou nada ao invés de um amplo espectro de afinidades ou taxas. Além disso, ele não entende a realidade fundamental de um processo mutacional seguido pelas proteínas, evoluindo novas propriedades.
Essa falta de pensamentos quantitativos esconde um segundo erro crasso e fatal, resultante de suposições enganosas que Behe comete a respeito de interações entre proteínas. Há muito o autor tem se preocupado com complexos protéicos e como eles podem ou não podem evoluir. Ele argumenta que a geração de um único ponto de ligação proteína-proteína é extremamente improvável e que os complexos de apenas três diferentes proteínas estão "além da margem da evolução". Mas Behe baseia seu argumento em requisitos infundados para interações protéicas. Ele insiste, baseado na consideração de que apenas um tipo de estrutura protéica (os locais combinados de anticorpos) que cinco ou seis posições devem mudar de uma vez em ordem para fazer um bom encaixe entre proteínas — e, consequentemente, bons encaixes são impossíveis de evoluir. Uma imensa porção de dados experimentais refuta diretamente essa alegação. Há dúzias de muito bem estudadas famílias de proteínas celulares (quinases, fosfotases, proteases, proteínas adaptadoras, enzimas de simulação etc.) que reconhecem curtos arranjos peptídicos lineares nos quais apenas dois ou três resíduos de aminoácidos são críticos para a atividade funcional [revisado em (7—9)]. Milhares de interações reversíveis estabelecem as redes protéicas que governam a fisiologia celular.
Cálculos muito simples indicam o quão facilmente tais arranjos evoluíram de forma aleatória. Se alguém admite uma extensão média de 400 aminoácidos por proteína e igual abundância entre todos aminoácidos, qualquer arranjo entre dois aminoácidos é plausível que ocorra de forma aleatória em todas as proteínas de uma célula. (Existem 399 arranjos de dipeptídeos em uma proteína com 400 aminoácidos e 20 × 20 = 400 possíveis arranjos de dipeptídeos.) Qualquer arranjo específico de três aminoácidos uma vez aleatoriamente em todas as 20 proteínas e qualquer arranjo de quatro aminoácidos ocorrerá uma vez em todas as 400 proteínas. Isso significa que, sem qualquer nova mutação e sem a seleção natural, muitas sequências que são idênticas ou semelhantes para muitos arranjos de interação já existem. Novos arranjos podem erguer-se prontamente, de forma aleatória, e qualquer interação fraca pode facilmente evoluir, por via da mutação aleatória e da seleção natural, para se tornar uma interação forte (9). Ademais, qualquer par de proteínas interativas pode facilmente recrutar uma terceira proteína, e até uma quarta, para formar largos complexos. De fato, já foi demonstrado que novas interações entre proteínas (10) e redes de proteína (11) podem evoluir rapidamente e se encaixam muito bem dentro dos limites da evolução.
É possível que Behe desconheça todos esses dados? Ou ele simplesmente escolheu ignorá-los? Behe tem uma gravação na qual declara o que é impossível e despreza a literatura científica, e ele claramente não aprendeu as lições com as suas gafes anteriores. Ele foi novamente a “público” com assertivas sem o benefício (ou a sabedoria) de primeiro testar a sua força diante de pares qualificados. Por exemplo, Behe certa vez escreveu, “se a evolução aleatória é verdadeira, deve haver um amplo número de formas transicionais entre o Mesonychid (um ancestral da baleia) e a baleia da antiguidade. Onde estão eles?” (12). Ele assumiu que tais formas não seriam ou poderiam não ser encontradas, mas três espécies transicionais foram encontradas por paleontologistas dentro de um ano após essa afirmação. No livro A Caixa Preta de Darwin, ele fixou que os genes para os modernos sistemas bioquímicos complexos, tais como a coagulação sanguínea, só poderiam ter sido “desenhados bilhões de anos atrás e ter sido passados dessa forma até o tempo presente... mas não ‘ligados’.” É sabido que isso é geneticamente impossível porque os genes que não são usados acabam degenerando, mas isso não estava no livro dele. E o argumento de Behe contra a evolução do flagelo e do sistema imunológico tem sido desmantelado em detalhes (13, 14) e novas evidências continuam a aparecer (15), ainda que as mesmas velhas alegações em favor do desenho reapareçam por aqui como se não tivessem sido refutados.
Os contínuos e fúteis ataques dos oponentes da evolução lembram outro confronto lendário, aquele que ocorreu entre Arthur e o Cavaleiro Negro no filme Monty Python e o Cálice Sagrado. O Cavaleiro Negro, assim como os oponentes da evolução, continuam a lutar mesmo que os seus membros tenham sido cortados fora, um por um. O argumento “não existem fósseis transicionais” e o modelo dos “genes desenhados” foram todos bem cortados, os tribunais cortaram a alegação “DI é ciência”, e o nonsense aqui sobre o limite da evolução é rapidamente fatiado em pedaços pela bem fundamentada bioquímica. Os cavaleiros do DI devem professar que essas afirmações são “apenas um arranhão” ou “apenas uma ferida na carne,” mas o argumento para o desenho não tem pernas científicas para permanecer de pé.
Referências:
1. M. J. Behe, Darwin’s Black Box: The Biochemical Challenge to Evolution (Free Press, New York, 1996).
2. Kitzmiller et al. v. Dover Area School District et al., Memorandum Opinion, 20 December 2005; www.pamd.uscourts.gov/kitzmiller/decision.htm.
3. S. L. Geffeney et al., Nature 434, 759 (2005).
4. S. B. Carroll, The Making of the Fittest: DNA and the Ultimate Forensic Record of Evolution (Norton, New York, 2006).
5. D. M. Weinreich, N. F. Delaney, M. A. DePristo, D. L. Hartl, Science 312, 111 (2006).
6. W. Sirawaraporn et al., Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 94, 1124 (1997).
7. V. Neduva et al., PLoS Biol. 3, e405 (2005).
8. R. P. Bhattacharyya, A. Reményi, B. J. Yeh, W. A. Lim, Annu. Rev. Biochem. 75, 655 (2006).
9. V. Neduva, R. B. Russell, FEBS Lett. 579, 3342 (2005).
10. Y. V. Budovskaya, J. S. Stephan, S. J. Deminoff, P. K. Herman, Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 102, 13933 (2005).
11. P. Beltrao, L. Serrano, PLoS Comput. Biol. 3, e25 (2007).
12. M. J. Behe, in Darwinism, Science or Philosophy?, J. Buell, V. Hearn, Eds. (Foundation for Thought and Ethics, Richardson, TX, 1994), pp. 60–71.
13. A. Bottaro, M. A. Inlay, N. J. Matzke, Nat. Immunol. 7, 433 (2006).
14. M. J. Pallen, N. J. Matzke, Nat. Rev. Microbiol. 4, 784 (2006).
15. R. Liu, H. Ochman, Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 104, 7126 (2007).
¹ Este artigo foi originalmente publicado no Volume 316 da revista Science, edição de 8 de junho de 2007.
² O resenhista, o autor de The Making of the Fittest, é do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Médico Howard Hughes, da Universidade de Wisconsin, Madison, WI 53706, Estados Unidos. E-mail: sbcarrol@wisc.edu
As Abobrinhas de Uma Feminazi Histérica e O Patrulhamento do "Politicamente Correto"
Tão deprimente quanto a miséria econômica é a miséria intelectual. Não é de hoje que vem se proliferando no Brasil um tipo bem específico de imbecil: aqueles que levam a sério humoristas e tentativas de piadas tanto de humoristas quanto de não-humoristas. O tema do politicamente correto envolvendo o humorismo está ficando meio batido, mas torna-se quase impossível não abordá-lo quando vemos demonstrações de burrice aguda em algumas páginas da web. Estou me referindo especificamente ao texto deste LINK.
O que acontece aqui é que a autora do texto em questão tem uma predisposição contra a figura do humorista Danilo Gentili e não se importa em proferir sentenças ridículas para que o seu ódio por Gentili prevaleça sobre a lógica. A autora, de cara, para mostrar o seu ódio e o seu preconceito já fala de antemão, numa clara tentativa de manipulação, que Justus força a plateia a aplaudir Gentili. Isso é puro achismo dela. Tanto é que ela própria escreve que "não sabe" se foi impressão dela. Mas a questão nisso tudo é uma: qual diferença faz a falta ou o excesso de aplauso direcionados ao humorista? Neste caso, NENHUMA!
Ela só toca no assunto do aplauso porque está movida pelo seu ódio cego e sua vontade de ofender gratuitamente. E não demora para a criatura começar a vomitar um discurso de "defesa de minorias". Ela afirma que o alvo de Gentili é a minoria. Uma boa pergunta seria: teria o humor realmente um "alvo" definido? Já vi humoristas tirando sarro de negros (Didi e Mussum nos bons tempos dos Trapalhões), mas já vi também humoristas fazendo chacota da situação financeiramente abastada de Eike Batista. Aliás, negro é minoria? Por que levar o humor tão a sério?
A estúpida redatora do texto de ódio ao Gentili continua o seu festival de falácias fazendo uma inferência aleatória: ela tem "certeza" que Gentili "não vê diferença entre usar camiseta 100% negro e 100% branco". Além disso fugir totalmente à questão, ela dispara mais uma vez a sua máquina de achismos. Ela usa a expressão "tenho certeza", mas demonstra apenas uma opinião pessoal, não uma certeza, pois não apresenta provas de sua afirmação. Ela se arvora no papel de "defensora de minorias" mas na verdade, se mostra tão intolerante e preconceituosa quanto o pior neonazista.
É incrível como estamos vendo no Brasil ao surgimento de uma espécie ideológica nazifascista bem peculiar: os perseguidores de humoristas. Gentili é só um dos alvos. Talvez seja apenas um bode expiatório de um esquema de ódio bem mais amplo do que uma simples perseguição pessoal. A autora se utiliza de seus parcos recursos retóricos para fazer o leitor acreditar que o humorismo é algo para ser levado realmente a sério. Comicidade involuntária por parte dela. Vomita um discurso pobre de antirracismo como forma de afirmar que Gentili é REALMENTE um racista e não um humorista que não tem medo de fazer piadas com assuntos espinhosos.
É curioso notar também o analfabetismo funcional da autora. Na piada supostamente racista, o humorista caricaturiza a imagem do moderno jogador de futebol (egresso de cidade pequena que vai para a cidade grande para se tornar um jogador de futebol famoso e namorar uma mulher bonita, de preferência uma loira) e compara esse estereótipo com o personagem do cinema, que, por mero acaso, é um macaco gigante. O centro da piada é o jogador, não o King Kong. Ele está comparando o King Kong ao jogador e não o contrário, como um autêntico racista poderia fazer. Mas tente explicar isso para uma analfabeta funcional...
Dá para imaginar um pitbull raivoso espumando de raiva quando a autora faz desfilar o seu festival de ofensas contra o humorista. Mas é justamente quando ela vira a sua metralhadora de fezes verbais em direção a Justus que ela profere talvez o maior monte de esterco verbal que ela defecou pelos dedos em seu teclado. O trecho é este: "provalmente Justus não deve saber que já houve mil e uma pesquisas comprovando cientificamente o que o status quo queria ouvir -– que brancos eram superiores a negros, que ser gay é doença, que nascer mulher já assina seu destino como dona de casa, que prum casamento ser feliz a mulher tem que ser mais magra que o homem etc etc"
O trecho acima citado mostra um exemplo claro de analfabetismo científico, principalmente de desconhecimento sobre o funcionamento do método científico. Em seu risível arroubo histérico, ela assume a persona de uma conspiracionista (ah, como isso está na moda, que o digam os conspiracionistas de UFOs e do "governo mundial dos iluminatis"...) e afirma que os cientistas estão a serviço de governos inescrupulosos. Talvez ela não saiba o que significa "revisão por pares" ou "periódico indexado". Conspiracionista é dose...
Mesmo assim, é curioso vê-la enumerar alguns erros da pré-história da ciência. O racismo, na verdade, é uma ideologia difundida com apoio de vaticínios pseudocientíficos de figuras espúrias como Gobineau. Nunca foi levado a sério por cientistas de renome e relevância. A homofobia é algo remanescente da intolerância religiosa ligada às heranças judaico-cristãs e pouco tem de científico. As duas sentenças que ela afirma sobre o papel da mulher nada tem a ver com ciência. Ou seja, mostra-se uma pessoa, no mínimo desinformada. Não quero crer que ela seja uma pessoa de péssimo caráter a ponto de querer denegrir a imagem da comunidade científica, a mesma comunidade científica que sacrifica horas de suas vidas para descobrir vacinas que salvarão milhões de vidas.
Talvez a histeria gerada pelo ódio direcionado ao humorista faça com que as incontáveis bobagens se sucedam. Mais uma: "Mas aquelas pessoas que acham hilárias as piadas preconceituosas não são as mesmas que afirmam que toda piada tem um fundo de verdade?". A feminazi histérica continua delirando, chafurdando no esgoto do déficit intelectual no qual toma banho a mentalidade do brasileiro médio contemporâneo. Essa frase dela é digna da gentalha que agride fisicamente os atores que interpretam papéis de vilões nas telenovelas.
Pouco antes disso, ela afirma que "Piada e ironia são coisas bem diferentes. Ironia não é sinônimo de humor." Mas não é o que pensa escritoras como Linda Hutcheon, que, em seu livro Uma teoria da paródia escreveu que "a paródia pode servir-se, fácil e naturalmente, da ironia como mecanismo retórico preferido e até privilegiado". Mais adiante ela assume a posição de que o humor deva ser, necessariamente, um instrumento de "luta contra o sistema". Ou seja, o mesmo tipo de ingenuidade daqueles que pensam que, por exemplo, a poesia, deva ter uma função de exaltação da beleza (para esses, Augusto dos Anjos, por exemplo, não fazia poesia).
O lado extremista da feminazi se aflora novamente quando ela critica o termo "prostituta" usado figurativamente por Gentili ("note o gênero"). Qualquer termo relacionado a uma posição "subalterna" da mulher na sociedade já é motivo de chilique histérico para as feminazis, mesmo que seja usado de forma meramente figurativa. E ela não para de cometer falácias, como o espantalho básico cometido por ela ao distorcer a explicação do humorista sobre a mecânica de um espetáculo de stand-up comedy.
Em seguida, a feminazi afirma que, após os 20 minutos iniciais do programa, o apresentador tenta "humanizar" a figura de Gentili. Enquanto ela ofende o humorista, critica uma das formas de exercício do humorismo, que é a autodepreciação. Aqui, continua mostrando como sua retórica é risível, imbecil e fora de propósito. Seu ódio gratuito em nome de sua patética ideologia feminazi não perdoa ninguém, nem mesmo um dos maiores intelectuais do Brasil, Luiz Pondé.
A histérica autora finaliza o seu monte de esterco em forma de texto atacando uma declaração de Gentili, que afirma que o "humor é transgressor por natureza". Ela pergunta exatamente o que o tipo de humor de Gentili está transgredindo. Eu responderia que está transgredindo esse tipo de mentalidade estúpida cultivada pela autora. A mentalidade cultivada pelos defensores de uma postura "politicamente correta" dentro do humorismo. Os defensores de um humorismo sem humor. Os defensores do tabu, da posição de que não se pode "falar sobre isso e falar sobre aquilo".
Por que tantos idiotas atacam figuras inofensivas como Gentili e Rafinha? Por que atacam humoristas ao invés de atacar quem merece ser atacado, figuras espúrias como Renan Calheiros? Até hoje rio quando lembro da pergunta que Gentili fez, cara a cara com Renan Calheiros, dentro de um dos elevadores do Senado: "Senador Renan, nomear o senhor para presidir a Comissão de Ética do Senado não seria a mesma coisa que escolher o Fernandinho Beira-Mar para comandar uma campanha contra as drogas?". Curiosamente, depois desse episódio o CQC foi terminantemente proibido de adentrar novamente as dependências do Senado Federal.
Ela não se cansa de vomitar abobrinhas e afirma que o humorista defende uma "ideologia". Errado. Ele apenas conta piadas para tentar fazer as pessoas rirem. Nada mais. A ideia de que existe uma ideologia camuflada no sub-texto humorístico é paranoia da ideologia feminazi, braço histérico dos patrulheiros do politicamente correto dentro do humorismo. Ela pergunta: "Piadas racistas, homofóbicas, machistas, são novidade em que mundo?". No caso do racismo, foi analfabetismo funcional da parte da autora, como demonstrei parágrafos acima. Ela PENSA que foi uma piada racista, mas não foi. Homofobia e machismo são tumores da sociedade, mas ela trata esses assuntos como tabu, trata como assuntos "proibidos" para humoristas.
A que ponto chegamos: rebaixar o humorismo ao nível de crime. Esses movimentos histéricos como o feminazismo prestam um tremendo desserviço ao tratar humorismo como coisa séria. Devemos ser politicamente corretos, sim, mas o humor que se limita, que se censura, perde muito da graça e deixa de ser humor. Devemos ser politicamente corretos em nosso dia-a-dia, no convívio social, mas humorismo não pode ter função social engajada, pelo menos não intrinsecamente. Humorismo só serve para fazer as pessoas rirem.
A feminazi, em seu último uivo histérico, afirma que transgressor é "quem luta por mudanças". Desde quando o humorismo tem função revolucionária? A única função do humorismo é fazer rir. Por que levar o humorismo a sério? Por que elevá-lo a um patamar que ele não deveria estar? Quando esses movimentos militantes do tipo feminazismo voltarem a sua artilharia para os "representantes" do povo e deixar o humorismo em paz, quem sabe tenhamos alguns esboços do que possa ser considerado germens da mudança. E aí, quem sabe, poderemos vislumbrar um cenário onde coisas sérias possam ser levadas a sério e coisas engraçadas só sirvam para arrancar algumas risadas e depois possam ser esquecidas. Mesmo que essas coisas engraçadas tratem de temas nem tão engraçados assim, que são vistos como tabu por muitos histéricos e exagerados.
Mais um SHOW de analfabetismo de crentes toscos
Mais um resultado de minhas peregrinações em fóruns de temática "Ciência X Religião".
Vamos por partes. Para o crente em questão, basta "olhar à sua volta" para chegar à conclusão de que "nada é por acaso". Mal sabe o analfabeto que não é assim que funciona o método científico. Depois, ele afirma que "não é 'porque o ambiente deu a oportunidade de existir a vida' que nós estamos aqui". Será que ele quis dizer que a vida existiria mesmo se fosse na mancha vermelha de Júpiter? Ou seja, exisitiria de QUALQUER forma em QUALQUER tipo de ambiente? Vai saber... Mas a próxima doeu: "a perfeição do mundo, a nossa perfeição"... Para ele, o mundo é "perfeito". E os desastres naturais como os terremotos, as tsunamis, impactos de asteroides, tempestades tropicais, vulcões em erupção etc. Tudo isso é sinônimo de perfeição? E a perfeição do homem, que tal? Um animal que, apesar da racionalidade, é tão frágil quanto todas as outras espécies do planeta, sujeito a todas as vicissitudes da biosfera, como doenças degenerativas e ameaças externas? Aliás, o que é perfeito neste mundo? Vamos prosseguir, daqui por diante em tópicos, para facilitar as respostas:
"você hoje tem uma família, um lar, todo um mundo fundamentado na existência de um Deus"
A mente humana é que está moldada CULTURALMENTE para acreditar que existe algo transcendente como um "deus". Família é resultado da natureza gregária dos animais.
"as leis sobre as quais você vive, seus costumes, tudo isso deriva do livro sagrado, dos ensinamentos de Deus, que Ele nos deixou, para que nós pudéssemos cada vez mais nos aprimorar."
As leis da sociedade são feitas sobre convenções que dependem da evolução dessas mesmas sociedades. Sabemos que matar é algo ruim não porque alguma entidade invisível revelou a algum profeta, mas por causa de algo chamado "empatia", um sentimento conquistado pela construção gradual da civilização. Não existe um único livro sagrado. O povo da Índia, por exemplo, não está nem aí para a bílbia. Você só segue esse livro inverossímel porque lhe foi imposto culturalmente e você não contesta esse fato. Os ensinamentos do personagem Javé da bíblia são relfexo de um povo belicista e sanguinário, o povo que o inventou, o antigo povo hebreu. No Antigo Testamento, Javé ensina coisas que hoje, por sermos civilizados, consideramos imorais, como as práticas da pedofilia, do incesto, do estupro, do saque, da pilhagem, do genocídio e outras tantas barbaridades. Basta ler o Antigo Testamento para conferir. Quem quiser seguir esses "ensinamentos" só vai aprimorar a sua insanidade.
"Mas, infelizmente, nos dias atuais você é levado cada vez mais a não pensar, a não questionar"
Pelo visto, isso só pode ser aplicado a pessoas com mentalidades tacanhas e medievais como as dos crentes fundamentalistas que não ousam questionar doutrinas imbecis como o cristianismo.
"Pode ver, somos sempre incentivados a não ficar parados, as pessoas tem como ideologia o 'pensa menos e haja mais'."
Não entendi essa apologia do sedentarismo feita pelo crente. Movimentar-se é bom para a saúde. E também não entendi o emprego do verbo "haver". Ou será que ele não sabe que o imperativo do verbo "agir" na primeira pessoa é "aja" (sem "h")?
"Você diz que o mundo surgiu do Big Bang porque lhe disseram que foi assim"
A escola que o crente frequentou é PÉSSIMA, pois ele não sabe o que é RED SHIFT. Além de perpetuar a ideia imbecil de que, em ciência, as teorias são formuladas para serem "acreditadas ou não acreditadas". Os cientistas estão PEIDANDO para se alguém "acredita" ou "não acredita" no Big Bang, eles apenas estudam e divulgam os resultados de seus estudos. Ciência é CONHECIMENTO, não é CRENÇA.
"Se daqui a 20 disserem que o mundo surgiu de outro modo, você iria acreditar e começar a passar essa ideia."
Eu não iria "acreditar", pois a ciência não trabalha para ser "acreditada". Eu exigiria provas. Se as provas fossem mais consistentes do que as da Teoria do Big Bang, não haveria problema algum em haver uma substituição. A Ciência é movida pelo método científico, as crenças religiosas são PETRIFICADAS pelos dogmas.
"Mas a palavra de Deus não muda, ela é sempre a mesma."
Isso significa que você deve matar homossexuais, pois está escrito no livro de Levítico, no Antigo Testamento. E também significa que a escravidão é algo bom, pois recebe a chancela até do personagem "Jesus".
"Já passaram várias religiões, várias teorias científicas, mas a palavra de Deus é imutável e eterna, ela nunca passará."
E outras tantas religiões ainda persistem. Nada indica que o cristianismo durará para sempre. Nos países mais ricos e alfabetizados, crenças imbecis como as baseadas na bíblia estão em decadência. Coisas bizarras como cristianismo só prosperam em países miseráveis da América Latina e da África. Em países como Suécia e Finlândia, as igrejas estão cada vez mais entregues às moscas. Teorias científicas não são dogmas. Se novas evidências são descobertas, as teorias são reformuladas ou substituídas, pois o conhecimento é dinâmico como a realidade. As únicas coisas petrificadas são as mentes dos crentes fanáticos que ficam apegados às suas próprias crenças ridículas.
"(...) ir atrás e estudar, questionar o porque de tudo, e não apenas aceitar o que lhe é imposto, saia da prisão que você entrou ao nascer e busque conhecimento, formule as suas próprias ideias e teorias."
Se um crente fanático realmente se dedicasse a estudar ciência profundamente veria o quão incoerentes e ingênuas são as suas crenças. Por isso mesmo, só posso entender como uma piada a recomendação do crente em questão. Se este crente realmente QUESTIONASSE tudo o que lhe é passado, não aceitaria as INÚMERAS idiotices descritas na bíblia. Se estivesse realmente a fim de buscar conhecimento, desprezaria as igrejas (verdadeiros centros de lavagem cerebral) e buscaria frequentar bibliotecas. E, por fim, o crente é tão tosco que pensa que formular teorias é algo simples, que qualquer um pode fazer. Cada um pode ter as suas ideias malucas (estão aí os criacionistas que não me deixam mentir), mas formular uma teoria é algo que demanda ANOS, talvez DÉCADAS de estudos e pesquisas ÁRDUOS. Mais uma demonstração de analfabetismo científico.
"Comece lendo o mito da caverna, de Platão, e verá do que estou falando"
Platão e Aristóteles foram dois dos maiores responsáveis por SÉCULOS de atraso científico. Aliás, filosofia não é NADA perto do método científico. Por que ficar discutindo "sexo dos anjos" se eu posso usar um instrumento infinitamente superior para corroborar as minas hipóteses, que é o método científico? Crentes tentam se agarrar à filosofia porque sabem que os seus delírios são desmascarados por algo INFINITAMENTE superior a essas masturbações mentais criacionistas: o nosso querido método científico.
Vamos por partes. Para o crente em questão, basta "olhar à sua volta" para chegar à conclusão de que "nada é por acaso". Mal sabe o analfabeto que não é assim que funciona o método científico. Depois, ele afirma que "não é 'porque o ambiente deu a oportunidade de existir a vida' que nós estamos aqui". Será que ele quis dizer que a vida existiria mesmo se fosse na mancha vermelha de Júpiter? Ou seja, exisitiria de QUALQUER forma em QUALQUER tipo de ambiente? Vai saber... Mas a próxima doeu: "a perfeição do mundo, a nossa perfeição"... Para ele, o mundo é "perfeito". E os desastres naturais como os terremotos, as tsunamis, impactos de asteroides, tempestades tropicais, vulcões em erupção etc. Tudo isso é sinônimo de perfeição? E a perfeição do homem, que tal? Um animal que, apesar da racionalidade, é tão frágil quanto todas as outras espécies do planeta, sujeito a todas as vicissitudes da biosfera, como doenças degenerativas e ameaças externas? Aliás, o que é perfeito neste mundo? Vamos prosseguir, daqui por diante em tópicos, para facilitar as respostas:
"você hoje tem uma família, um lar, todo um mundo fundamentado na existência de um Deus"
A mente humana é que está moldada CULTURALMENTE para acreditar que existe algo transcendente como um "deus". Família é resultado da natureza gregária dos animais.
"as leis sobre as quais você vive, seus costumes, tudo isso deriva do livro sagrado, dos ensinamentos de Deus, que Ele nos deixou, para que nós pudéssemos cada vez mais nos aprimorar."
As leis da sociedade são feitas sobre convenções que dependem da evolução dessas mesmas sociedades. Sabemos que matar é algo ruim não porque alguma entidade invisível revelou a algum profeta, mas por causa de algo chamado "empatia", um sentimento conquistado pela construção gradual da civilização. Não existe um único livro sagrado. O povo da Índia, por exemplo, não está nem aí para a bílbia. Você só segue esse livro inverossímel porque lhe foi imposto culturalmente e você não contesta esse fato. Os ensinamentos do personagem Javé da bíblia são relfexo de um povo belicista e sanguinário, o povo que o inventou, o antigo povo hebreu. No Antigo Testamento, Javé ensina coisas que hoje, por sermos civilizados, consideramos imorais, como as práticas da pedofilia, do incesto, do estupro, do saque, da pilhagem, do genocídio e outras tantas barbaridades. Basta ler o Antigo Testamento para conferir. Quem quiser seguir esses "ensinamentos" só vai aprimorar a sua insanidade.
"Mas, infelizmente, nos dias atuais você é levado cada vez mais a não pensar, a não questionar"
Pelo visto, isso só pode ser aplicado a pessoas com mentalidades tacanhas e medievais como as dos crentes fundamentalistas que não ousam questionar doutrinas imbecis como o cristianismo.
"Pode ver, somos sempre incentivados a não ficar parados, as pessoas tem como ideologia o 'pensa menos e haja mais'."
Não entendi essa apologia do sedentarismo feita pelo crente. Movimentar-se é bom para a saúde. E também não entendi o emprego do verbo "haver". Ou será que ele não sabe que o imperativo do verbo "agir" na primeira pessoa é "aja" (sem "h")?
"Você diz que o mundo surgiu do Big Bang porque lhe disseram que foi assim"
A escola que o crente frequentou é PÉSSIMA, pois ele não sabe o que é RED SHIFT. Além de perpetuar a ideia imbecil de que, em ciência, as teorias são formuladas para serem "acreditadas ou não acreditadas". Os cientistas estão PEIDANDO para se alguém "acredita" ou "não acredita" no Big Bang, eles apenas estudam e divulgam os resultados de seus estudos. Ciência é CONHECIMENTO, não é CRENÇA.
"Se daqui a 20 disserem que o mundo surgiu de outro modo, você iria acreditar e começar a passar essa ideia."
Eu não iria "acreditar", pois a ciência não trabalha para ser "acreditada". Eu exigiria provas. Se as provas fossem mais consistentes do que as da Teoria do Big Bang, não haveria problema algum em haver uma substituição. A Ciência é movida pelo método científico, as crenças religiosas são PETRIFICADAS pelos dogmas.
"Mas a palavra de Deus não muda, ela é sempre a mesma."
Isso significa que você deve matar homossexuais, pois está escrito no livro de Levítico, no Antigo Testamento. E também significa que a escravidão é algo bom, pois recebe a chancela até do personagem "Jesus".
"Já passaram várias religiões, várias teorias científicas, mas a palavra de Deus é imutável e eterna, ela nunca passará."
E outras tantas religiões ainda persistem. Nada indica que o cristianismo durará para sempre. Nos países mais ricos e alfabetizados, crenças imbecis como as baseadas na bíblia estão em decadência. Coisas bizarras como cristianismo só prosperam em países miseráveis da América Latina e da África. Em países como Suécia e Finlândia, as igrejas estão cada vez mais entregues às moscas. Teorias científicas não são dogmas. Se novas evidências são descobertas, as teorias são reformuladas ou substituídas, pois o conhecimento é dinâmico como a realidade. As únicas coisas petrificadas são as mentes dos crentes fanáticos que ficam apegados às suas próprias crenças ridículas.
"(...) ir atrás e estudar, questionar o porque de tudo, e não apenas aceitar o que lhe é imposto, saia da prisão que você entrou ao nascer e busque conhecimento, formule as suas próprias ideias e teorias."
Se um crente fanático realmente se dedicasse a estudar ciência profundamente veria o quão incoerentes e ingênuas são as suas crenças. Por isso mesmo, só posso entender como uma piada a recomendação do crente em questão. Se este crente realmente QUESTIONASSE tudo o que lhe é passado, não aceitaria as INÚMERAS idiotices descritas na bíblia. Se estivesse realmente a fim de buscar conhecimento, desprezaria as igrejas (verdadeiros centros de lavagem cerebral) e buscaria frequentar bibliotecas. E, por fim, o crente é tão tosco que pensa que formular teorias é algo simples, que qualquer um pode fazer. Cada um pode ter as suas ideias malucas (estão aí os criacionistas que não me deixam mentir), mas formular uma teoria é algo que demanda ANOS, talvez DÉCADAS de estudos e pesquisas ÁRDUOS. Mais uma demonstração de analfabetismo científico.
"Comece lendo o mito da caverna, de Platão, e verá do que estou falando"
Platão e Aristóteles foram dois dos maiores responsáveis por SÉCULOS de atraso científico. Aliás, filosofia não é NADA perto do método científico. Por que ficar discutindo "sexo dos anjos" se eu posso usar um instrumento infinitamente superior para corroborar as minas hipóteses, que é o método científico? Crentes tentam se agarrar à filosofia porque sabem que os seus delírios são desmascarados por algo INFINITAMENTE superior a essas masturbações mentais criacionistas: o nosso querido método científico.
Crente tosquíssimo, tão desinformado que não sabe que essa falácia do ferro velho formando um boeing já caiu por terra há muito tempo. Provavelmente, como a maioria dos crentes toscos, deve pensar que o Big Bang foi uma "explosão". A Terra não foi "projetada", cabe ao crente provar que foi, e, ainda por cima, provar que o deus dele é o certo e que os outros milhares de deuses que a humanidade criou são errados.
Dá pena de analfabetos que mal sabem escrever e querem se intrometer em discussões científicas, vomitando falácias. Ignorante que não entende o conceito científico do termo "teoria", pelo visto mal deve ter cursado o ensino médio, quanto mais uma "faculdadezinha". E é engraçado ver um crente falando em "se aprofundar" quando a tosquice o impede de contrariar os dogmas irracionais seguidos por ele. A ciência, pelo menos, pode ser corrigida pelos cientistas. E os toscos que vivem se ufanando pelo fato de que os preceitos ancestrais que seguem são "imutáveis"?
Manifestações de analfabetismo de crentes que ainda acreditam que o homem evoluiu do macaco
Estava eu dando um passeio em um desses fóruns de discussão Ciência X Religião e eis que vislumbrei um tópico assaz provocativo: "Se o homem evoluiu do macaco, por que ainda existem macacos? Por que os macacos pararam de evoluir?". O bom senso recomendaria que essa pergunta fosse dirigida a algum professor com pelo menos um mestrado em biologia evolutiva (NUNCA a um graduando, pois entre eles há MUITOS fanáticos religiosos). Mas o fato é que uma pergunta dessa em um fórum livre chama a atenção de muita gente, PRINCIPALMENTE de leigos e, entre esses, MUITOS fanáticos religiosos. O show de analfabetismo que tive o desprazer de ler entre os comentários de religiosos foi enorme. Aqui, peguei apenas oito exemplos do que de pior a ideologia fundamentalista pode produzir. As críticas são direcionadas à mentalidade fundamentalista, não às pessoas, que não são identificadas nunca.
Esse crente analfabeto não precisa de muito esforço para se envergonhar. A impressão é que crenças como o cristianismo só encontram guarida no meio de gente assim, analfabeta ou semi-alfabetizada. Além de não possuir nenhuma prova histórica de que o personagem por ele referido tenha tido uma existência objetiva, ele ainda é tão burro que embarca na grande mentira (inventada por religiosos) de que o homem evoluiu do macaco. Além, óbvio, de não conseguir explicar racionalmente POR QUE é necessário um sacrifício sanguinário para expiar alguma culpa.
Na cabeça tosca de um crente analfabeto como esse a ideia primitiva de uma entidade invisível criadora faz "sentido". Mas cientistas usam o método científico e não fábulas da Idade do Bronze para encontrar respostas. O crente está tão acomodado na sua ignorância e burrice que o conhecimento, para ele, é coisa de quem "NAO TEM O QUI FAZER" (pelo menos não escreveu "fazer" com "s").
Mais uma amostra pública de analfabetismo científico por parte de um crente tosco. A Teoria da Evolução é discutida, mas não é contestada. A evolução só não é comprovada cientificamente no mundo torto dos fundamentalistas e crentes toscos em geral. Para quem vive na realidade, a evolução é fato. Para encerrar, uma das marcas registradas de crente tosco: "são tudo teorias" (aposto que a maioria dos crentes toscos como este, desconhece o conceito científico do termo "teoria").
Claro que o homem não vei do macaco, isso é distorção de crente tosco que outros crentes toscos ficam papagaiando até hoje. O crente cita só as coisas "bonitinhas" da natureza e se esquece das imperfeições (a natureza está cheia delas). A Teoria da Evolução trata da evolução das espécies e não da evolução de "tudo", como o crente tosco afirma. Amostras de fósseis existem aos montes, só os crentes mais idiotas insistem em fechar os olhos para a realidade. Para finalizar, frase típica de crente com déficit intelectual: "Dues criou o homem e a mulher e somos frutos dessa criação e um dia tosdo olho o verá". "Dues"? "tosdo"? O analfabeto mal sabe formular uma sentença, quem dirá provar cientificamente as suas alegações...
O analfabetismo deste crente em questão fala por ele.
Tolo é quem ofende a ortografia e escreve coisas como "tolisse".
Como seria essa sentença se tivesse sido escrita em português? Aliás, que idioma é esse no qual o crente tentou se expressar?
As pessoas racionais e ALFABETIZADAS aceitam fatos que são corroborados pelo método científico. Como um crente tosco que mal sabe escrever poderia provar cientificamente a existência de personagens aparentemente mitológicos como o tal de Caim?
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