quarta-feira, 14 de agosto de 2013

As Abobrinhas de Uma Feminazi Histérica e O Patrulhamento do "Politicamente Correto"



Tão deprimente quanto a miséria econômica é a miséria intelectual. Não é de hoje que vem se proliferando no Brasil um tipo bem específico de imbecil: aqueles que levam a sério humoristas e tentativas de piadas tanto de humoristas quanto de não-humoristas. O tema do politicamente correto envolvendo o humorismo está ficando meio batido, mas torna-se quase impossível não abordá-lo quando vemos demonstrações de burrice aguda em algumas páginas da web. Estou me referindo especificamente ao texto deste LINK.

O que acontece aqui é que a autora do texto em questão tem uma predisposição contra a figura do humorista Danilo Gentili e não se importa em proferir sentenças ridículas para que o seu ódio por Gentili prevaleça sobre a lógica. A autora, de cara, para mostrar o seu ódio e o seu preconceito já fala de antemão, numa clara tentativa de manipulação, que Justus força a plateia a aplaudir Gentili. Isso é puro achismo dela. Tanto é que ela própria escreve que "não sabe" se foi impressão dela. Mas a questão nisso tudo é uma: qual diferença faz a falta ou o excesso de aplauso direcionados ao humorista? Neste caso, NENHUMA!

Ela só toca no assunto do aplauso porque está movida pelo seu ódio cego e sua vontade de ofender gratuitamente. E não demora para a criatura começar a vomitar um discurso de "defesa de minorias". Ela afirma que o alvo de Gentili é a minoria. Uma boa pergunta seria: teria o humor realmente um "alvo" definido? Já vi humoristas tirando sarro de negros (Didi e Mussum nos bons tempos dos Trapalhões), mas já vi também humoristas fazendo chacota da situação financeiramente abastada de Eike Batista. Aliás, negro é minoria? Por que levar o humor tão a sério?

A estúpida redatora do texto de ódio ao Gentili continua o seu festival de falácias fazendo uma inferência aleatória: ela tem "certeza" que Gentili "não vê diferença entre usar camiseta 100% negro e 100% branco". Além disso fugir totalmente à questão, ela dispara mais uma vez a sua máquina de achismos. Ela usa a expressão "tenho certeza", mas demonstra apenas uma opinião pessoal, não uma certeza, pois não apresenta provas de sua afirmação. Ela se arvora no papel de "defensora de minorias" mas na verdade, se mostra tão intolerante e preconceituosa quanto o pior neonazista.

É incrível como estamos vendo no Brasil ao surgimento de uma espécie ideológica nazifascista bem peculiar: os perseguidores de humoristas. Gentili é só um dos alvos. Talvez seja apenas um bode expiatório de um esquema de ódio bem mais amplo do que uma simples perseguição pessoal. A autora se utiliza de seus parcos recursos retóricos para fazer o leitor acreditar que o humorismo é algo para ser levado realmente a sério. Comicidade involuntária por parte dela. Vomita um discurso pobre de antirracismo como forma de afirmar que Gentili é REALMENTE um racista e não um humorista que não tem medo de fazer piadas com assuntos espinhosos.

É curioso notar também o analfabetismo funcional da autora. Na piada supostamente racista, o humorista caricaturiza a imagem do moderno jogador de futebol (egresso de cidade pequena que vai para a cidade grande para se tornar um jogador de futebol famoso e namorar uma mulher bonita, de preferência uma loira) e compara esse estereótipo com o personagem do cinema, que, por mero acaso, é um macaco gigante. O centro da piada é o jogador, não o King Kong. Ele está comparando o King Kong ao jogador e não o contrário, como um autêntico racista poderia fazer. Mas tente explicar isso para uma analfabeta funcional...

Dá para imaginar um pitbull raivoso espumando de raiva quando a autora faz desfilar o seu festival de ofensas contra o humorista. Mas é justamente quando ela vira a sua metralhadora de fezes verbais em direção a Justus que ela profere talvez o maior monte de esterco verbal que ela defecou pelos dedos em seu teclado. O trecho é este: "provalmente Justus não deve saber que já houve mil e uma pesquisas comprovando cientificamente o que o status quo queria ouvir -– que brancos eram superiores a negros, que ser gay é doença, que nascer mulher já assina seu destino como dona de casa, que prum casamento ser feliz a mulher tem que ser mais magra que o homem etc etc"

O trecho acima citado mostra um exemplo claro de analfabetismo científico, principalmente de desconhecimento sobre o funcionamento do método científico. Em seu risível arroubo histérico, ela assume a persona de uma conspiracionista (ah, como isso está na moda, que o digam os conspiracionistas de UFOs e do "governo mundial dos iluminatis"...) e afirma que os cientistas estão a serviço de governos inescrupulosos. Talvez ela não saiba o que significa "revisão por pares" ou "periódico indexado". Conspiracionista é dose...

Mesmo assim, é curioso vê-la enumerar alguns erros da pré-história da ciência. O racismo, na verdade, é uma ideologia difundida com apoio de vaticínios pseudocientíficos de figuras espúrias como Gobineau. Nunca foi levado a sério por cientistas de renome e relevância. A homofobia é algo remanescente da intolerância religiosa ligada às heranças judaico-cristãs e pouco tem de científico. As duas sentenças que ela afirma sobre o papel da mulher nada tem a ver com ciência. Ou seja, mostra-se uma pessoa, no mínimo desinformada. Não quero crer que ela seja uma pessoa de péssimo caráter a ponto de querer denegrir a imagem da comunidade científica, a mesma comunidade científica que sacrifica horas de suas vidas para descobrir vacinas que salvarão milhões de vidas.

Talvez a histeria gerada pelo ódio direcionado ao humorista faça com que as incontáveis bobagens se sucedam. Mais uma: "Mas aquelas pessoas que acham hilárias as piadas preconceituosas não são as mesmas que afirmam que toda piada tem um fundo de verdade?". A feminazi histérica continua delirando, chafurdando no esgoto do déficit intelectual no qual toma banho a mentalidade do brasileiro médio contemporâneo. Essa frase dela é digna da gentalha que agride fisicamente os atores que interpretam papéis de vilões nas telenovelas.

Pouco antes disso, ela afirma que "Piada e ironia são coisas bem diferentes. Ironia não é sinônimo de humor." Mas não é o que pensa escritoras como Linda Hutcheon, que, em seu livro Uma teoria da paródia escreveu que "a paródia pode servir-se, fácil e naturalmente, da ironia como mecanismo retórico preferido e até privilegiado". Mais adiante ela assume a posição de que o humor deva ser, necessariamente, um instrumento de "luta contra o sistema". Ou seja, o mesmo tipo de ingenuidade daqueles que pensam que, por exemplo, a poesia, deva ter uma função de exaltação da beleza (para esses, Augusto dos Anjos, por exemplo, não fazia poesia).

O lado extremista da feminazi se aflora novamente quando ela critica o termo "prostituta" usado figurativamente por Gentili ("note o gênero"). Qualquer termo relacionado a uma posição "subalterna" da mulher na sociedade já é motivo de chilique histérico para as feminazis, mesmo que seja usado de forma meramente figurativa. E ela não para de cometer falácias, como o espantalho básico cometido por ela ao distorcer a explicação do humorista sobre a mecânica de um espetáculo de stand-up comedy.

Em seguida, a feminazi afirma que, após os 20 minutos iniciais do programa, o apresentador tenta "humanizar" a figura de Gentili. Enquanto ela ofende o humorista, critica uma das formas de exercício do humorismo, que é a autodepreciação. Aqui, continua mostrando como sua retórica é risível, imbecil e fora de propósito. Seu ódio gratuito em nome de sua patética ideologia feminazi não perdoa ninguém, nem mesmo um dos maiores intelectuais do Brasil, Luiz Pondé.

A histérica autora finaliza o seu monte de esterco em forma de texto atacando uma declaração de Gentili, que afirma que o "humor é transgressor por natureza". Ela pergunta exatamente o que o tipo de humor de Gentili está transgredindo. Eu responderia que está transgredindo esse tipo de mentalidade estúpida cultivada pela autora. A mentalidade cultivada pelos defensores de uma postura "politicamente correta" dentro do humorismo. Os defensores de um humorismo sem humor. Os defensores do tabu, da posição de que não se pode "falar sobre isso e falar sobre aquilo".

Por que tantos idiotas atacam figuras inofensivas como Gentili e Rafinha? Por que atacam humoristas ao invés de atacar quem merece ser atacado, figuras espúrias como Renan Calheiros? Até hoje rio quando lembro da pergunta que Gentili fez, cara a cara com Renan Calheiros, dentro de um dos elevadores do Senado: "Senador Renan, nomear o senhor para presidir a Comissão de Ética do Senado não seria a mesma coisa que escolher o Fernandinho Beira-Mar para comandar uma campanha contra as drogas?". Curiosamente, depois desse episódio o CQC foi terminantemente proibido de adentrar novamente as dependências do Senado Federal.

Ela não se cansa de vomitar abobrinhas e afirma que o humorista defende uma "ideologia". Errado. Ele apenas conta piadas para tentar fazer as pessoas rirem. Nada mais. A ideia de que existe uma ideologia camuflada no sub-texto humorístico é paranoia da ideologia feminazi, braço histérico dos patrulheiros do politicamente correto dentro do humorismo. Ela pergunta: "Piadas racistas, homofóbicas, machistas, são novidade em que mundo?". No caso do racismo, foi analfabetismo funcional da parte da autora, como demonstrei parágrafos acima. Ela PENSA que foi uma piada racista, mas não foi. Homofobia e machismo são tumores da sociedade, mas ela trata esses assuntos como tabu, trata como assuntos "proibidos" para humoristas.

A que ponto chegamos: rebaixar o humorismo ao nível de crime. Esses movimentos histéricos como o feminazismo prestam um tremendo desserviço ao tratar humorismo como coisa séria. Devemos ser politicamente corretos, sim, mas o humor que se limita, que se censura, perde muito da graça e deixa de ser humor. Devemos ser politicamente corretos em nosso dia-a-dia, no convívio social, mas humorismo não pode ter função social engajada, pelo menos não intrinsecamente. Humorismo só serve para fazer as pessoas rirem.

A feminazi, em seu último uivo histérico, afirma que transgressor é "quem luta por mudanças". Desde quando o humorismo tem função revolucionária? A única função do humorismo é fazer rir. Por que levar o humorismo a sério? Por que elevá-lo a um patamar que ele não deveria estar? Quando esses movimentos militantes do tipo feminazismo voltarem a sua artilharia para os "representantes" do povo e deixar o humorismo em paz, quem sabe tenhamos alguns esboços do que possa ser considerado germens da mudança. E aí, quem sabe, poderemos vislumbrar um cenário onde coisas sérias possam ser levadas a sério e coisas engraçadas só sirvam para arrancar algumas risadas e depois possam ser esquecidas. Mesmo que essas coisas engraçadas tratem de temas nem tão engraçados assim, que são vistos como tabu por muitos histéricos e exagerados.

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