quarta-feira, 3 de outubro de 2012
A Inocência dos Muçulmanos: deve-se morrer pela liberdade de expressão?
Muito se tem falado nas últimas semanas sobre a polêmica gerada pela divulgação do filmete A Inocência dos Muçulmanos, considerado ofensivo ao Islã. Talvez se o filme tivesse abordado ícones da cultura religiosa ocidental, não tivesse provocado tanta manifestação de ódio. Houve filmes polêmicos como A Última Tentação de Cristo e Je Vous Salue Marie que atiçaram os ânimos de cristãos no Ocidente, mas nada comparado à tsunami de irracionalidade e de selvageria provocada por A Inocência dos Muçulmanos. Por que isso? Porque nos países de maioria muçulmana, a questão religiosa é considerada central. É um elo de solda cultural e que está sempre presente. Se levarmos em conta que neste exato momento em que vivemos os sentimentos antiamericanos estão especialmente exacerbados, o Oriente Médio se torna um barril de pólvora. E por que esse antiamericanismo? Simples: pela guerra no Iraque, pela guerra no Afeganistão, mas não é só por isso. Em todas as revoltas da chamada "Primavera Árabe", a sensação que essas populações estão experimentando é: "Nós estamos nos auto-afirmando contra um inimigo externo". E quem é esse inimigo externo? Os Estados Unidos.
Todo esse caldo de cultura, então, estabelece uma especial animosidade em face ao poder americano e à cultura americana. Nisso, aparece esse vídeo tosco chamado A Inocência dos Muçulmanos e que foi produzido nos Estados Unidos. É um vídeo tosco e de mau gosto, mas é apenas um vídeo. Eu até poderia usar aqui a palavra "pretexto", mas eu acho que ela não seria adequada, porque diminui a importância que o episódio tem. Esse vídeo não é um pretexto, é muito diferente disso. O surgimento desse vídeo é uma possibilidade. O vídeo enseja uma possibilidade para que se crie ações coletivas que estão latentes. Se ainda levarmos em conta que o potencial revolucionário da Primavera Árabe está sendo frustrado e que existem energias de revolta extremamente ressentidas porque a população árabe está sentindo que está perdendo uma batalha que iniciou, essa frustração também encontra nesse tipo de ação a possibilidadade de se extravazar e de se realizar.
Tudo isso junto deixa mais uma vez clara a diferença de cultura política absolutamente fundamental entre aquelas sociedades e a sociedade ocidental. Nos últimos anos, os Estados Unidos bombardearam o Líbano, o Iraque, a Líbia, a Somália, o Paquistão, o Afeganistão etc. Ninguém gosta de ser bombardeado. Ninguém ama quem os bombardeia. Por isso existe um acúmulo de ódio. Em segundo lugar, devemos analisar como a política externa dos Estados Unidos joga com as divisões do Islã. O Islã não é uma religião homogênea, é muito dividida. E os Estados Unidos têm apoiado sistematicamente as facções mais extremistas, como os salafistas. Agora, por exemplo, os Estados Unidos vêm apoiando o que há de mais criminoso dentro do Islã contra o governo laico de Assad na Síria. Quem fez o ataque em Benghazi, na Líbia, que matou o embaixador Christopher Stevens, foram os mesmos aliados dos Estados Unidos de alguns meses atrás. Aquelas brigadas salafistas assassinas eram as mesmas que se mobilizaram contra Kadafi.
No centro de todo esse conflito, levanta-se algo igualmente importante: a questão da liberdade de expressão. A secretária de Estado estadunidense Hillary Clinton já declarou ter repudiado o contrúdo do vídeo, mas também disse que não pode cercear a liberdade de expressão de nenhum cidadão estadunidense, porque isso é inconstitucional. Guardando as devidas proporções, poderíamos até dizer que a divulgação do vídeo anti-Islã poderia ser comparada ao episódio do bispo Von Helde da Igreja Universal, que chutou uma estátua de uma santa católica em 1995. Na época, houve até rumores de uma "guerra santa" velada no Brasil. O que aconteceu foi mais uma "guerra fria", com provocações de ambos os lados. Mas não houve carnificinas, como costuma ocorrer no mundo islâmico quando eclodem episódios interpretados como "blasfêmia".
Desse episódio ocorrido no Brasil poderíamos até afirmar que uma sociedade que não admite que se chute a imagem de uma santa é uma sociedade comprometida sob o ponto de vista da democracia. Os símbolos religiosos só são sacramentais para quem acredita naquilo. Quem não acredita não tem a mínima obrigação de respeitar esses símbolos. E, nesse caso, é liberdade de expressão, sim. Não há nenhum problema, sob o ponto de vista da democracia, que o pastor da igreja Universal chute uma estátua que representa uma santa. É claro que ele terá que arcar com uma série de consequências derivadas desse ato, mas o ato em si está em consonância com os preceitos de uma sociedade democrática. A pessoa vai pagar por isso perante a opinião pública porque, evidentemente, chutar uma imagem de uma santa, mesmo que essa imagem seja considerada sagrada por uma significativa parcela da população, é uma bobagem, uma provocação infantil. Agora, tentar penalizar isso como algo inaceitável, tentar proibir isso ou tentar estabelecer uma punição penal para isso, é algo absurdo, tendo em vista que vivemos em uma sociedade laica e democrática.
Nakoula Basseley Nakoula, o fundamentalista cristão que realizou esse vídeo, é um idiota. A Inocência dos Muçulmanos é uma provocação irresponsável de um fanático cristão. Agora, tentar proibir alguém de fazer um vídeo, mesmo sendo esse alguém um idiota como Nakoula, é um absurdo. Proibir é um absurdo. Ele tem que ser combatido no campo das ideias, da crítica. Quem defende que deva haver restrição à liberdade de opinião alega que essa liberdade seria utilizada para pregações de ódio contra negros, índios, mulheres etc. Mas há uma diferença brutal entre vilipendiar pessoas e vilipendiar símbolos. Negros e índios são condições sociais, são portabilidades. Eu considero o valor cultural dessa agressão a Maomé, mas essa agressão tem que ser disputada no plano da opinião, no plano da formação da preferência. Eu sou contra esse filme, um filme tosco e de mau gosto. O filme é uma mera provocação política que despertou uma reação violenta em escala internacional, uma onda de atitudes brutais que provocu muitas mortes. Mas nem mesmo toda essa situação gravíssima deveria fazer com que o governo estadunidense criasse uma legislação que impedisse os seus cidadãos de se expressarem da forma que eles queiram, mesmo que aconteçam manifestações como a de um idiota como Nakoula. O que vai impedir que situações espinhosas como essa se repitam é a discussão séria, aberta e aprofundada de temas polêmicos como a contraposição da ampla liberdade proporcionada pelas democracias ocidentais e a opressão das teocracias.
A questão das caricaturas na Dinamarca é um bom exemplo de parâmetro do que está acontecendo hoje. O cartunista dinamarquês fez uma série de caricaturas insultando Maomé do ponto de vista dos islâmicos. Uma das caricaturas tinha um turbante com uma bomba. Insultar a figura de Maomé é um crime de morte na cultura muçulmana, mas seria um absurdo proibir o jornal da Dinamarca de publicar as caricaturas e condenar o cartunista porque ele fez algo que insulta os muçulmanos. Em primeiro lugar, o insulto aos muçulmanos é um problema dos muçulmanos. Em segundo lugar, quando isso se transforma em problema para alguém que não é muçulmano, é o debate que vai resolver. Na Dinamarca o jornal manteve as caricaturas e não se desculparam, porque não há por que pedir desculpas. É claro que essa atitude desperta a ira dos terroristas, e a vida do responsável pelos insultos corre perigo por isso, mas devemos lembrar também, sem ironias, que viver é perigoso. A vida é uma aventura perigosa. Tendo isso em mente, nós temos que fazer escolhas. E qual será a nossa escolha? Nós vamos agora começar a desenhar o mapa institucional de nossos países de forma a atender demandas de quem pensa diferente de nós ou vamos agir de acordo com os preceitos da democracia?
Eu sou totalmente a favor de que se deixe Maomé em paz, mas tem gente que não quer deixar Maomé em paz e eu acho que aqueles que não querem, têm todo o direito de não querer deixar Maomé em paz. Uma coisa é você respeitar a crença e o direito de crença do outro, respeitar o direito que a pessoa tem de professar a sua crença. Outra coisa é você confundir isso com com o respeito aos ícones da crença, respeito aos sacramentos da crença. Você não pode exigir isso de quem não tem essa crença. Essa exigência é totalmente ilegítima. Um pequeno exemplo: imaginem um naufrágio. Agora imagine que nesse navio que está naufragando, esteja a estátua de uma santa e um cachorro. Tendo em vista que estão em compartimentos separados, haverá tempo para salvar apenas um. Provavelmente, muita gente vai achar mais importante salvar a estátua do que salvar o cachorro. Eu posso aceitar que isso seja correto para aqueles que têm fé naquela imagem. Mas também acho ultralegítimo aqueles que não têm fé naquela santa prefiram salvar o cachorro e deixar a imagem da santa afundar. A ideia de respeitar ícone está sendo confundida com a ideia de respeitar o direito da crença de cada um. E essa diferença deve ser esclarecida.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Entrevista com Marisa Lobo no Programa Notícias e Negócios, de Cuiabá.
A controversa psicóloga Marisa Lobo, que já apareceu até no CQC defendendo a absurda ideia de que homossexualidade é doença (LINK) concedeu uma entrevista ao programa Notícias e Negócios (TV Estrela, Rede Cultura, Cuiabá, Canal 17) no dia 14 de setembro, sexta-feira. Ela esteve em Cuiabá para ministrar uma palestra sobre "como votar de forma correta nas próximas eleições". Em primeiro lugar, é meio irônico alguém que apoia a famigerada "bancada evangélica" do Congresso dar palestra sobre "como votar certo". A entrevista começou com a psicóloga falando coisas óbvias a respeito das eleições. Ou seja, não votar em candidatos "ficha suja", não votar em candidatos que queiram "comprar" o seu voto, rejeitar candidatos que usam jingles plagiados de sucessos popularescos de péssimo gosto como "eu quero tchu, eu quero tcha" e outras coisas óbvias. Mas a máscara ideológica de Marisa cai a partir do momento em que ela começa com um discurso maniqueísta de "cultura de vida e cultura de morte". É o mesmo tipo de discurso rasteiro utilizado pelo fundamentalismo cristão contra Dilma Russeff durante a campanha presidencial em 2010.
O fundamentalismo cristão entende, de uma forma tosca, que os partidários de questões polêmicas como a eutanásia e o aborto defendem uma "cultura de morte". Absolutamente ninguém em sã consciência é a favor da prática de abortamento de fetos, nem mesmo os que são a favor da legalização do aborto. Ninguém faz aborto porque é sádico. Particularmente considero uma prática repugnante. Mas reduzir um problema tão sério a um discurso maniqueísta e manipulador de contraposição entre duas supostas culturas, sendo uma de "morte" e outra de "vida" é ridículo e desonesto. Tanto o aborto quanto a eutanásia são assuntos que merecem uma discussão ampla na sociedade. É mesquinho querer impor apenas um dos lados da questão, sem ouvir o lado dos que são a favor da legalização. Por isso o ciclo de discussões no Senado sobre a reforma do Código Penal é tão importante e todos devem estar atentos ao andamento dessas discussões.
Na campanha de 2010, os repórteres perguntavam a Dilma se ela era a favor do aborto. Ela, obviamente, respondia que não. Mas nenhum repórter foi inteligente o suficiente para perguntar se ela era a favor ou contra a LEGALIZAÇÃO de tal prática. É a mesma coisa com relação às drogas. Muitos imbecis "crucificaram" o presidente Fernando Henrique pelo fato do mesmo ser a favor do controle da venda da cannabis. Apesar de ser contra a legalização de qualquer droga que hoje é ilegal, considero a posição de FHC bastante sensata e racional, mesmo não concordando com ele em alguns pontos. É ERRADO afirmar que os favoráveis ao controle legal da maconha sejam necessariamente favoráveis ao USO INDISCRIMINADO da mesma.
Quando o entrevistador, o professor Haroldo Arruda, pergunta sobre ideologia, Marisa Lobo responde que "o nosso foco é o foco família mesmo". Quando ela diz "família", ela quer dizer a eisegese que o fundamentalismo cristão faz do termo. Trocando em miúdos, Marisa empunha a mesma bandeira que a "bancada evangélica" ostenta. Basta uma rápida pesquisa no Google para descobrirmos o estrago que esses parlamentares religiosos fazem (ou pelo menos tentam fazer). Na cabeça de Marisa, "votar certo" seria votar, por exemplo, em um sujeito como o deputado João Campos (PSDB-GO), que propôs um Projeto de Decreto Legislativo (PDL 234/2011) cujo objetivo é tirar do Conselho Federal de Psicologia a autonomia para vetar que os profissionais tratem a homossexualidade como transtorno. Outros, como o "bispo" Marcelo Crivella, já vociferaram no plenário (no caso de Crivella, no plenário do Senado) contra recentes decisões do STF favoráveis à comunidade LGBT. É esse tipo de fanático que Marisa defende como sendo exemplos de "bons políticos". Marisa despreza as mudanças dos tempos, se mostrando uma figura totalmente anacrônica e de mentalidade medieval. Ela prefere fechar os olhos para a realidade e fingir que o conceito de família, assim como tantos outros conceitos mudaram com os tempos. Há, SIM, famílias formadas por casais homossexuais que inclusive já adotaram filhos (LINK).
O professor Haroldo pergunta sobre compra de votos e Marisa, obviamente, diz que isso é errado, como é mesmo. Mas, na resposta, ela solta uma declaração curiosa: "o legislador legisla pelo grupo que elegeu ele". Mas isso é mais do que óbvio. Eu não consigo imaginar uma pessoa como Marisa demonstra ser, votando em um candidato com o perfil do deputado Jean Wyllis, por exemplo. Pessoas como Marisa demonstram ter um objetivo definido, que é o de empurrar os absurdos da bíblia goela abaixo de TODO MUNDO, até dos que não concordam com esse livro absurdo. Por isso, ela provavelmente votará em pessoas como João Campos, Marcos Feliciano, Marcelo Crivella etc.
Marisa começa a soltar seus absurdos verborrágicos em maior quantidade quando o professor Haroldo pergunta a ela especificamente sobre sexualidade. Ela começa falando sobre "família tradicional". Mas qual seria essa "tradição"? Obviamente, a tradição empedrada e medieval defendida pela visão fundamentalista do cristianismo, que despreza o progresso e as mudanças de comportamento de uma parcela da sociedade. Depois, ela troca o termo "tradicional" por "natural". Mas o que ela quer dizer com "natural"? É óbvio que "natural", para ela, é apenas a heterossexualidade. Com isso Marisa dá uma declaração pública de ignorância científica e envergonha toda a classe à qual ela pertence. Há vários estudos científicos que demonstram que a homossexualidade está presente em quase todo o reino animal. Quando ela afirma que algo é "natural" é porque está na natureza. A homossexualidade está na natureza, como demonstram tais estudos. Portanto, ela ataca com uma falácia unicamente para defender a sua fé tosca, que condena a homossexualidade até com pena de morte, como no livro de Levítico (Antigo Testamento).
Abaixo, um link sobre o comportamento homossexual no reino animal, mostrando que esse tipo de comportamento É, SIM, NATURAL, faz parte da natureza, e a sexualidade não tem apenas finalidade reprodutiva:
http://hypescience.com/comportamento-homossexual-e-encontrado-em-quase-todo-o-reino-animal/
E outra: o professor pergunta sobre "sexualidade" e ela começa falando em "família". Isso é de uma tosquice sem par. A sexualidade não é exercida unicamente com finalidades reprodutivas, como Marisa deve pensar em sua mentalidade tosca. E, mesmo que seja, nem sempre é exercida com a finalidade de "formar família". Talvez ela QUISESSE que fosse assim, mas, felizmente, não é. Então, ela fala coisas de acordo com os delírios religiosos dela, e não de acordo com a realidade objetiva.
Outra pérola de Marisa Lobo: "A gente luta contra o preconceito. A gente tá numa luta de aceitar as diferenças, mas primeiro quem tem que aceitar as diferenças é quem é diferente". Será que ela conseguiria dizer quantos cristãos foram assassinados no ano passado só pelo motivo de serem cristãos? E quantos homosseuxuais foram assassinados só pelo motivo de serem homossexuais? Então são os gays que têm que aceitar calados que os cristãos, os nazistas, os fascistas e tantas outras ideologias sanguinárias preguem o seu ódio contra a homossexualidade? Seria isso o que ela quis dizer com "os diferentes é que têm que aceitar a diferença"? Quem está sendo massacrado tem que aceitar a pregação de ódio e ficar calado?
Em seguida, Marisa dispara ainda mais a sua metralhadora verbal de abobrinhas. Para ela, o objetivo do casamento é ter filhos. O simples fato de um casal se amar é secundário, o importante é ter filhos. Mas ela mente quando diz que um casal de gays ou de lésbicas só pode ter filhos se adotarem. Os casos de Cássia Eller e de Elton John desmentem a psicóloga. São filhos naturais, não são adotados. No caso de Elton John, ele teve o seu filho através da "barriga de aluguel", mas é um filho biológico dele. Marisa deu um tiro no própio pé.
"A gente pode aceitar, a gente pode conviver, mas nem por isso eu tenho que fazer o que você faz e nem concordar com o que você faz." Eis mais uma frase "brilhante" da psicóloga. Em primeiro lugar, se algum homossexual pedir ou obrigar qualquer pessoa a fazer o que ele faz, ele deve ser preso. Ninguém deve obrigar ninguém a fazer algo contra a própria vontade, isso é crime. E quem é que está pedindo para concordar? Os homossexuais só querem respeito, não querem que ninguém concorde com eles.
E Marisa não se cansa da verborreia: "A gente não pode ter preconceito, mas também a gente não pode ser esquizofrênico de achar que TODA a população é homossexual". Só mesmo da cabeça de um crente poderia sair uma sentença como essa. Qual é o grupo de orientação LGBT que prega que TODOS são homossexuais? Eu DESAFIO essa psicóloga a mostrar um único grupo de defesa dos direitos de homossexuais que defenda essa ideia absurda de alastrar o seu comportamento a TODAS as pessoas, como se a homossexualidade fosse uma ideia imperialista como o comunismo ou o cristianismo. Quem está sendo esquizofrênico, então? Marisa deveria ser submetida à análise por algum colega de profissão.
Vamos prosseguindo: "A população não é homossexual, é heterossexual. Existem os homossexuais, que têm que ser respeitados, que têm que ser amados, mas nem por isso eu tenho que ser um." Novamente ela delira, dizendo que estão tentando obrigá-la a ser homossexual. E outra: ela diz que os gays têm que ser amados, mas não é isso que ela demonstra. Em uma declaração ao programa CQC veiculado no dia 7 de maio de 2012 (vejam link no primeiro parágrafo), Marisa Lobo diz que na sociedade ideal dela "não deveria existir nem gay, não deveria existir nem ladrão, nem hipócrita, nem homofóbico, não deveria existir nada". Primeiro ela diz que "ama" os gays. Depois, ela compara esse grupo aos "ladrões". Pelo visto, quem está sendo hipócrita aqui é ela. E, já que na sociedade ideal dela não deveria existir hipócritas, ela também não deveria existir. É preciso muita paciência para aguentar incoerências de crente tosco, muita paciência.
Marisa diz que cuidou de um homossexual com AIDS. Ótimo. Deveria cuidar de outras pessoas com AIDS também, pois heterossexuais também se contaminam. Mas, abruptamente, ela começa a falar de... INFÂNCIA??? WTF??? Será que aqui ela pretendeu cometer a mesma falácia da também notória homofóbica Myrian Rios? Ou será que ela qui dizer que homossexuais são produto de famílias "desestruturadas"? Aqui ela não deixa claro qual o teor de sua argumentação, mas parece que também não tem fundamento algum.
"Quem é feliz na condição que está, que seja. Quem não é feliz na condição que está, tem o direito de tentar mudar essa condição." - afirma Marisa Lobo. Aqui, a psicóloga acerta uma, finalmente. Quem não está feliz com a sua orientação sexual deve tentar mudar essa condição. É justamente por isso que um grupo de defesa dos direitos LGBT fundou uma campanha nas redes sociais intitulada "Marisa Lobo, me cura do meu heterossexualismo." Um exemplo dos vídeos feitos para essa campanha é esse:
Ivan de Cascadura na Campanha 'Marisa Lobo, me cura do meu heterossexualismo!'
Eu sou heterossexual, mas tenho amigos homossexuais e fico revoltado quando pessoas como essa psicóloga tentam disseminar o seu fanatismo religioso na perseguição a minorias. Acho que uma das melhores respostas dadas a essa mulher foi a do vlogueiro Yuri. O vídeo é curto, tem um minuto e doze segundos, mas vai direto ao assunto:
EU ATEU - RESPOSTA A MARISA LOBO
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Refutando Adauto Lourenço
ADAUTO LOURENÇO "EXPLICA" O BIG BANG
A experiência nos mostra que sempre que um religioso se mete a falar sobre ciência misturando conceitos científicos com fé, o resultado, invariavelmente, é desastroso. Isso acontece, por exemplo, com o criacionista Adauto Lourenço, que, neste vídeo, fala sobre o big bang. Primeiro, Adauto diz que o big bang "não é um fato, ainda é uma teoria". Portanto, é melhor que comecemos com a explicação sobre o que significa esse termo. Teoria é o grau máximo de confirmação de uma hipótese. Se a intenção de Adauto fosse desmerecer o big bang, deveria tê-lo chamado de "hipótese" (e seria mentira, pois o big bang não é uma hipótese, mas uma teoria). O que confirmaria essa hipótese? Simples: evidências. No caso do big bang, elas são a expansão cada vez mais acelerada do universo e algo chamado "red shift" (LINK). Aqui, Adauto recai no lugar-comum dos criacionistas de desmerecer o termo "teoria". Uma postura bastante estranha vindo de um cientista.
Em seguida, Adauto diz: "Imagina que tenha havido uma grande explosão alguns bilhões de anos atrás." Fica difícil acreditar que uma sentença como essa tenha saído da boca de um cientista, mas é justamente isso o que o doutor Adauto diz no vídeo. Ele recai no erro comum dos leigos em afirmar que o big bang teria sido uma explosão. Na verdade, a teoria demonstra que há 13,73 bilhões de anos houve uma determinada singularidade que deu início à expansão do universo. Adauto continua com o show de simplificações e desinformação: "Tudo o que existe no universo, inclusive eu e você, somos resultados desse big bang". Seria a mesma coisa que dizer que o povo brasileiro é resultado da chegada de Pedro Álvares Cabral ao país, ignorando todos os complexos processos históricos de formação da nação, passando por colônia e chegando à condição de República, recebendo influências de diversos países do mundo etc.
Adauto faz uma esdrúxula comparação entre a cosmologia e uma coisa que ele chama de "cosmologia criacionista". Para perceber que tudo o que ele diz sobre isso não faz o menor sentido, basta uma rápida pesquisa e descobriremos que o universo era muito mais quente no passado do que hoje em dia e que necessitou REALMENTE de bilhões de anos para chegar à temperatura média atual e não de alguns milhares de anos, como afirma o criacionista (LINK). Em seguida, Adauto continua insistindo com a mentira de que os cientistas encaram o big bang como tendo sido uma explosão, numa tentativa de enganar a plateia que vê a sua palestra, uma pura falácia do espantalho. Se Adauto tem um conhecimento teórico aprofundado sobre o big bang (coisa que é de se esperar de alguém que queira falar sobre o tema), ele está mentindo ao afirmar que foi uma explosão. Se ele não possui conhecimento aprofundado do tema, então ele está se comportando como leigo, coisa estranha para um doutor com formação em física.
Para encerrar, o professor Adauto recai na velha falácia dos criacionistas que consiste em distorcer a Segunda Lei da Termodinâmica para tentar dar um verniz científico aos delírios religiosos pseudocientíficos. Eis o que verdadeiramente afirma a Segunda Lei da Termodinâmica: (LINK). Adauto simplifica novamente um conceito científico que requer um razoável rigor acadêmico tanto para ser explicado quanto para ser apreendido. Depois, é curioso perceber que Adauto não se coaduna nem mesmo com os seus colegas criacionistas. O Answer in Genesis, maior site criacionista da internet, ceta vez já recomendou que os proselitistas não recaiam no erro de citar a Segunda Lei da Termodinâmica para tentar validar suas lendas religiosas de "criação". Em NENHUMA parte da Segunda Lei da Termodinâmica observamos que "as coisas" (um termo bastante genérico) caminham do "organizado" para o "desorganizado". Mais uma falácia que nem os próprios criacionistas aguentam mais.
No final do vídeo, ele tece algumas considerações sobre a explosão de uma estrela denominada pelos cientistas de "Super Nova 1987 A" e diz que tal corpo astronômico já havia explodido alguns séculos atrás. Sim, exatamente 1680 séculos atrás. Os dados científicos não ajudam nem um pouco o doutor Lourenço em sua tentativa desesperada de tentar "provar" que o universo tem apenas alguns poucos milhares de anos. Uma palestra como esta, do professor Adauto, é muito educativa. Sim, é muito educativa no sentido em que nos ajuda a perceber a diferença entre um cientista e um pseudocientista. Criacionismo sempre foi pseudociência. Outra coisa que esse vídeo nos ensina é que não basta ter um diploma acadêmico para ser considerado cientista. De que adianta estar dentro do meio científico e lutar contra a ciência? Na internet, a postura adotada por Lourenço neste vídeo recebe um nome: TROLLAGEM. Uma postura nada adequada para alguém que ostenta o título de doutor.
A experiência nos mostra que sempre que um religioso se mete a falar sobre ciência misturando conceitos científicos com fé, o resultado, invariavelmente, é desastroso. Isso acontece, por exemplo, com o criacionista Adauto Lourenço, que, neste vídeo, fala sobre o big bang. Primeiro, Adauto diz que o big bang "não é um fato, ainda é uma teoria". Portanto, é melhor que comecemos com a explicação sobre o que significa esse termo. Teoria é o grau máximo de confirmação de uma hipótese. Se a intenção de Adauto fosse desmerecer o big bang, deveria tê-lo chamado de "hipótese" (e seria mentira, pois o big bang não é uma hipótese, mas uma teoria). O que confirmaria essa hipótese? Simples: evidências. No caso do big bang, elas são a expansão cada vez mais acelerada do universo e algo chamado "red shift" (LINK). Aqui, Adauto recai no lugar-comum dos criacionistas de desmerecer o termo "teoria". Uma postura bastante estranha vindo de um cientista.
Em seguida, Adauto diz: "Imagina que tenha havido uma grande explosão alguns bilhões de anos atrás." Fica difícil acreditar que uma sentença como essa tenha saído da boca de um cientista, mas é justamente isso o que o doutor Adauto diz no vídeo. Ele recai no erro comum dos leigos em afirmar que o big bang teria sido uma explosão. Na verdade, a teoria demonstra que há 13,73 bilhões de anos houve uma determinada singularidade que deu início à expansão do universo. Adauto continua com o show de simplificações e desinformação: "Tudo o que existe no universo, inclusive eu e você, somos resultados desse big bang". Seria a mesma coisa que dizer que o povo brasileiro é resultado da chegada de Pedro Álvares Cabral ao país, ignorando todos os complexos processos históricos de formação da nação, passando por colônia e chegando à condição de República, recebendo influências de diversos países do mundo etc.
Adauto faz uma esdrúxula comparação entre a cosmologia e uma coisa que ele chama de "cosmologia criacionista". Para perceber que tudo o que ele diz sobre isso não faz o menor sentido, basta uma rápida pesquisa e descobriremos que o universo era muito mais quente no passado do que hoje em dia e que necessitou REALMENTE de bilhões de anos para chegar à temperatura média atual e não de alguns milhares de anos, como afirma o criacionista (LINK). Em seguida, Adauto continua insistindo com a mentira de que os cientistas encaram o big bang como tendo sido uma explosão, numa tentativa de enganar a plateia que vê a sua palestra, uma pura falácia do espantalho. Se Adauto tem um conhecimento teórico aprofundado sobre o big bang (coisa que é de se esperar de alguém que queira falar sobre o tema), ele está mentindo ao afirmar que foi uma explosão. Se ele não possui conhecimento aprofundado do tema, então ele está se comportando como leigo, coisa estranha para um doutor com formação em física.
Para encerrar, o professor Adauto recai na velha falácia dos criacionistas que consiste em distorcer a Segunda Lei da Termodinâmica para tentar dar um verniz científico aos delírios religiosos pseudocientíficos. Eis o que verdadeiramente afirma a Segunda Lei da Termodinâmica: (LINK). Adauto simplifica novamente um conceito científico que requer um razoável rigor acadêmico tanto para ser explicado quanto para ser apreendido. Depois, é curioso perceber que Adauto não se coaduna nem mesmo com os seus colegas criacionistas. O Answer in Genesis, maior site criacionista da internet, ceta vez já recomendou que os proselitistas não recaiam no erro de citar a Segunda Lei da Termodinâmica para tentar validar suas lendas religiosas de "criação". Em NENHUMA parte da Segunda Lei da Termodinâmica observamos que "as coisas" (um termo bastante genérico) caminham do "organizado" para o "desorganizado". Mais uma falácia que nem os próprios criacionistas aguentam mais.
No final do vídeo, ele tece algumas considerações sobre a explosão de uma estrela denominada pelos cientistas de "Super Nova 1987 A" e diz que tal corpo astronômico já havia explodido alguns séculos atrás. Sim, exatamente 1680 séculos atrás. Os dados científicos não ajudam nem um pouco o doutor Lourenço em sua tentativa desesperada de tentar "provar" que o universo tem apenas alguns poucos milhares de anos. Uma palestra como esta, do professor Adauto, é muito educativa. Sim, é muito educativa no sentido em que nos ajuda a perceber a diferença entre um cientista e um pseudocientista. Criacionismo sempre foi pseudociência. Outra coisa que esse vídeo nos ensina é que não basta ter um diploma acadêmico para ser considerado cientista. De que adianta estar dentro do meio científico e lutar contra a ciência? Na internet, a postura adotada por Lourenço neste vídeo recebe um nome: TROLLAGEM. Uma postura nada adequada para alguém que ostenta o título de doutor.
Ateus ficam em 3º lugar no ranking das religiões em Mato Grosso
Mato Grosso possui 234 mil pessoas que se consideram sem religião, ateias e agnósticas. Se comparado, o número se aproxima da quantidade de habitantes do município de Várzea Grande, que atualmente possui 252 mil residentes. A estatística ainda corresponde a 8% da população geral do Estado e à 3ª no ranking da religiosidade em Mato Grosso. Os dados fazem parte do Censo 2010 e foram divulgados no dia 29 de junho de 2012 (há pouco mais de dois meses) pelo Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A ausência de religião no Estado só perde, numericamente, para o catolicismo, que possui cerca de 1,9 milhão de fiéis e para os evangélicos, que já somam 745,1 mil pessoas no âmbito estadual. Há ainda os espíritas (38 mil), seguidores dos conceitos afrobrasileiros (1,7 mil), pessoas que seguem os ensimentos orientais (5,4 mil) e também os indigenistas (5,1 mil).
Exemplo da população de Mato Grosso classificada como sem religião é o empresário André Alves, 26 anos, que se considera ateu. De família católica, o jovem ressalta que não acredita que haja possibilidade de existir um deus. Ele conta que os conceitos surgiram ainda na adolescência, após ingressar no mercado de trabalho e se interessar por leituras na área de sociologia e filosofia: "A partir do momento em que me desvinculei financeiramente dos meus pais, senti que também teria o direito de me expressar". Ele cita ainda a influência do irmão mais velho que na época era estudante de História. Entre as leituras, o empresário, que atua no ramo de design gráfico, destacava Karl Marx, Max Weber, Auguste Comte, entre outros.
André Alves conta que antes de optar pelo ateísmo frequentou a igreja católica junto com os pais. "Fui batizado, fiz a primeira comunhão e cheguei até mesmo a me crismar, conforme determina os conceitos do catolicismo. Mas após essa sequência religiosa, deixei de frequentar a igreja e a religião católica, devido ao que acreditava". Mesmo não seguindo conceitos de religiões, o jovem reforça o respeito que tem pela opção e opinião de cada indivíduo.
O professor-doutor Adilson José Francisco, que realiza pesquisas no âmbito da religiosidade e mídia, explica que mesmo o número de pessoas sem religião sendo expressivo no Estado, este tem apresentado queda nos últimos anos. Em prévia divulgada em 2009 pelo IBGE sobre o próprio Censo 2010, os gráficos já apontavam o declínio daqueles que antes não possuiam religião, eram ateus ou ainda agnósticos. "A tendência é que o número diminua com o passar dos anos, devido a concorrência existente nas religiões". O estudioso, que também é professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), destaca o número de igrejas que são criadas frequentemente como um dos fatores relacionados à diminuição dos dados.
"A evasão dos fiéis que antes eram católicos têm sido frequente e o aumento do número de instituições pentecostais e neo-pentecostais também é representativo. Dessa forma, pode-se classificar esses fenômenos como fatores primordiais para a redução daqueles denominados sem religião", destaca o professor. Segundo ele, as igrejas evangélicas estão buscando junto à população agnóstica, atéia e sem religião seus novos seguidores. O 'alvo' dos líderes tem sido mulheres, jovens e empresários.
Outro fator apontado pelo pesquisador foi em relação às pessoas que pertencem a mais de uma religião. Ele cita que em pesquisas realizadas com a população de Mato Grosso chegou a encontrar indivíduos que em apenas uma semana frequentavam cultos, missas, centros, terreiros, entre outros.
FONTE: Jornal A Gazeta, página 1B, Cuiabá, 30 de junho de 2012
Meu comentário: A notícia é um pouco "antiga", mas é interessante ressaltar alguns pontos da mesma: ateísmo não é "opção". Pelo teor do texto, não há como saber quantas dessas 234 mil pessoas que se declaram sem religião são pseudoateias ou pseudoagnósticas. Essas são presas fáceis da religiões e de proselitistas. O que eu chamo de "falsos ateus" e "falsos agnósticos" são pessoas que não possuem base teórica consistente para sustentar o seu posicionamento diante da vida. Muitos se consideram "ateus" ou "agnósticos" porque tiveram algum tipo de decepção com a igreja que frequentavam. Esse é um motivo ridículo para aderir a um modo de vida em que não se considere relevante a ideia da existência de seres invisíveis (divindades ou não). Por isso, mesmo que se declarem ateias ou agnósticas, tais pessoas nem deveriam ser consideradas como tal. Portanto, o pesquisador pode até estar certo, se existirem muitos pseudoateus e pseudoagnósticos nesse contingente de 234 mil pessoas apontadas pelo Censo.
Exemplo da população de Mato Grosso classificada como sem religião é o empresário André Alves, 26 anos, que se considera ateu. De família católica, o jovem ressalta que não acredita que haja possibilidade de existir um deus. Ele conta que os conceitos surgiram ainda na adolescência, após ingressar no mercado de trabalho e se interessar por leituras na área de sociologia e filosofia: "A partir do momento em que me desvinculei financeiramente dos meus pais, senti que também teria o direito de me expressar". Ele cita ainda a influência do irmão mais velho que na época era estudante de História. Entre as leituras, o empresário, que atua no ramo de design gráfico, destacava Karl Marx, Max Weber, Auguste Comte, entre outros.
André Alves conta que antes de optar pelo ateísmo frequentou a igreja católica junto com os pais. "Fui batizado, fiz a primeira comunhão e cheguei até mesmo a me crismar, conforme determina os conceitos do catolicismo. Mas após essa sequência religiosa, deixei de frequentar a igreja e a religião católica, devido ao que acreditava". Mesmo não seguindo conceitos de religiões, o jovem reforça o respeito que tem pela opção e opinião de cada indivíduo.
O professor-doutor Adilson José Francisco, que realiza pesquisas no âmbito da religiosidade e mídia, explica que mesmo o número de pessoas sem religião sendo expressivo no Estado, este tem apresentado queda nos últimos anos. Em prévia divulgada em 2009 pelo IBGE sobre o próprio Censo 2010, os gráficos já apontavam o declínio daqueles que antes não possuiam religião, eram ateus ou ainda agnósticos. "A tendência é que o número diminua com o passar dos anos, devido a concorrência existente nas religiões". O estudioso, que também é professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), destaca o número de igrejas que são criadas frequentemente como um dos fatores relacionados à diminuição dos dados.
"A evasão dos fiéis que antes eram católicos têm sido frequente e o aumento do número de instituições pentecostais e neo-pentecostais também é representativo. Dessa forma, pode-se classificar esses fenômenos como fatores primordiais para a redução daqueles denominados sem religião", destaca o professor. Segundo ele, as igrejas evangélicas estão buscando junto à população agnóstica, atéia e sem religião seus novos seguidores. O 'alvo' dos líderes tem sido mulheres, jovens e empresários.
Outro fator apontado pelo pesquisador foi em relação às pessoas que pertencem a mais de uma religião. Ele cita que em pesquisas realizadas com a população de Mato Grosso chegou a encontrar indivíduos que em apenas uma semana frequentavam cultos, missas, centros, terreiros, entre outros.
FONTE: Jornal A Gazeta, página 1B, Cuiabá, 30 de junho de 2012
Meu comentário: A notícia é um pouco "antiga", mas é interessante ressaltar alguns pontos da mesma: ateísmo não é "opção". Pelo teor do texto, não há como saber quantas dessas 234 mil pessoas que se declaram sem religião são pseudoateias ou pseudoagnósticas. Essas são presas fáceis da religiões e de proselitistas. O que eu chamo de "falsos ateus" e "falsos agnósticos" são pessoas que não possuem base teórica consistente para sustentar o seu posicionamento diante da vida. Muitos se consideram "ateus" ou "agnósticos" porque tiveram algum tipo de decepção com a igreja que frequentavam. Esse é um motivo ridículo para aderir a um modo de vida em que não se considere relevante a ideia da existência de seres invisíveis (divindades ou não). Por isso, mesmo que se declarem ateias ou agnósticas, tais pessoas nem deveriam ser consideradas como tal. Portanto, o pesquisador pode até estar certo, se existirem muitos pseudoateus e pseudoagnósticos nesse contingente de 234 mil pessoas apontadas pelo Censo.
O Ateísmo do Dr. House
House é uma das séries mais populares da TV. Um dos principais motivos do sucesso dessa empreitada televisiva reside, sem dúvida alguma, na personalidade do protagonista. House (interpretado por Hugh Laurie) tem sempre uma tirada espirituosa ou sarcástica na ponta da lingua. Um dos traços fortes de sua personalidade reside em sua ausência de crença em divindades. Uma de suas frases é a seguinte: "Fé é uma outra palavra para 'ignorância', não é mesmo?". Aqui, muito provavelmente, ele deve estar fazendo uma alusão ao "deus das lacunas" inventado pelos crentes para tentar explicar tudo o que a comunidade científica ainda não conseguiu desvendar.
Outra frase é: "Fé não é baseada na lógica e na experiência". É justamente isso o que torna o criacionismo uma pseudociência, já que as alegações dos pseudocientistas não podem passar pelo crivo do método científico. E já que não conseguem comprovar as suas hipóteses pelo método, os criacionistas não se diferem nem um pouco dos simplórios crentes que esquentam os bancos das igrejas. Nada na ciência é baseado em fé. O pesado investimento no Colisor de Hádrons mostra que as teorizações precisam passar pelo crivo da experiência.
Uma outra brilhante frase do Doutor House é a seguinte: "Religião é um sintoma da crença irracional e esperança infundada". Talvez isso seja duvidoso em relação aos que defendem que o "livro sagrado" de sua religião não seja literal (embora até estes abusem de falácias para defenderem a "não literalidade" dos "textos sagrados"), mas, sem dúvida, se encaixa perfeitamente em relação aos fundamentalistas. Peguemos o exemplo do cristianismo. Há algo de racional na lenda de Adão e Eva? Ou na lenda do "dia parado" de Josué? Ou no dogma de sacrifícios de sangue para pagar pecados? Os fundamentalistas defendem que tudo isso é literal, e essas são crenças absolutamente irracionais. O que House classifica como "esperança infundada" seja, talvez, dogmas como a da "volta do Messias".
O seriado Doctor House teve oito temporadas. Abaixo, alguns links para baixar os episódios das quatro primeiras temporadas. Os episódios estão em RMVB dublado. Alguns links podem estar quebrados, mas o seriado não é difícil de encontrar. Se algum link estiver inativo, uma boa alternativa é baixá-los através de programas peer-to-peer, como o Emule ou o Bit Torrent. Os links dos episódios da primeira e da segunda temporada são um pouco temperamentais. A dica é insistir, ficar clicando várias vezes no ícone de download até que apareça a caixa de diálogo para baixar o arquivo. O Share X é um péssimo servidor, requer paciência, mas, uma vez que você consegue baixar, a velocidade é tão boa quanto a do Mediafire. Os créditos dos links da 1ª e da 2ª temporadas são do hiper-flash.net.
DOCTOR HOUSE PRIMEIRA TEMPORADA:
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DOCTOR HOUSE SEGUNDA TEMPORADA:
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Doctor House Terceira Temporada
Links do site do Nataniel Souza:
http://natanielsouza.blogspot.com.br/2009/11/e-verdade-aclamada-serie-dr-house-em.html
http://natanielsouza.blogspot.com.br/2009/11/e-verdade-aclamada-serie-dr-house-em.html
A FARSA DE PILTDOWN
Piltdown foi um sítio arqueológico localizado na Inglaterra onde, em 1908 e em 1912 foram encontrados fósseis símios, humanos e de outros mamíferos, todos juntos. Em 1913, em um sítio próximo foi encontrado uma mandíbula de macaco com um dente canino que foi considerado como sendo de um humano. A comunidade de paleoantropologistas da Grã Bretanha aceitou a ideia de que o fóssil pertencia a uma única criatura que tinha o crânio de um humano e a mandíbula de macaco. Em 1953, o então chamado "Homem de Piltdown" foi exposto como sendo uma farsa. Tratava-se de um crânio moderno e o dente da mandíbula havia sido implantado.
Para todos aqueles que são céticos em relação à ciência, tal como Charles Fort e os Forteanos, tais episódios como o de Piltdown são tidos como provas de que a ciência é, mais ou menos, uma farsa. Para todos aqueles que possuem um entendimento um pouco melhor acerca da natureza dos limites da ciência, o episódio do "Homem de Piltdown" nada mais é do que uma pequena tomada errada de caminho dentro de uma série de estradas que, apesar dos inúmeros desvios, eventualmente acaba nos conduzindo em direção ao destino certo.
Como tantos cientistas foram enganados? Stephen Jay Gould oferece várias razões para isso, entre elas, wishful thinking e preconceito cultural. A última, sem dúvida, imperou na falta de senso crítico entre os paleoantropologistas britânicos. Mas, acima de tudo, a farsa de Piltdown demonstra a falibilidade do conhecimento científico. Isso demonstra, também, o modo como teorias e fatos se relacionam na ciência. As teorias são os filtros através dos quais os fatos são interpretados (Popper). Teorias tentam explicar e fazer com que os fatos façam sentido. Por outro lado, fatos são usados para testar teorias. Gould nota que hoje um crânio humano com uma mandíbula de macaco pode ser considerado extremamente implausível e improvável. Mas no começo do século passado os antropólogos estavam impregnados de preconceito cultural, o qual considerava o grande cérebro humano como um bilhete para o poder, a principal característica evolutiva que tornou possível ao homem desenvolver todas as suas outras características peculiares. Desde então houve uma noção preconcebida de que o cérebro humano deve ter se desenvolvido em direção ao seu tamanho médio atual antes que outras mudanças tenham ocorrido na estrutura humana. Um crânio humano com uma mandíbula de macaco não teria despertado tanta suspeita da mesma forma como desperta hoje em dia. As descobertas de fósseis, desde Piltdown, mostram claramente uma progressão de hominídeos não-símios de cérebro pequeno e eretos até humanos eretos de cérebro grande. De acordo com Gould, os cientistas "modelaram os fatos" e confirmaram a sua teoria, "outro exemplo de que a informação sempre nos alcança através de fortes filtros de cultura, esperança e expectativa" (Gould 1982, p. 118). Uma vez formulada a teoria, nós vemos o que cabe na mesma.
O principal motivo pelo qual o "Homem de Piltdown" não foi desmascarado como uma fraude mais cedo foi que os cientistas não tiveram permissão para acessar as evidências, as quais foram mantidas seguramente confinadas no Museu Britânico. Para focar a atenção examinando os "fatos" de maneira mais minuciosa, com todos os cuidados para descobrir a fraude, os cientistas não tiveram sequer a permissão para examinar as evidências físicas! Eles tiveram que examinar moldes de gesso e ficar satisfeitos em contemplar rapidamente os originais para justificar a reivindicação de que os moldes eram fidedignos.
Outra razão pela qual alguns cientistas foram levados ao engano foi porque provavelmente não estava em sua natureza considerar que alguém pudesse ser tão malicioso ao ponto de se empenhar em tamanha trambicagem. De qualquer forma, um dos principais desdobramentos de Piltdown foi basicamente uma indústria de detetives tentando identificar quem espalhou o boato. A lista de suspeitos inclui:
Charles Dawson, um arqueólogo amador que encontrou os primeiros fragmentos de crânio em Piltdown;
Tielhard de Chardin, teólogo e cientista que acompanhou Dawson e Arthur Smith Woodward (Responsável pela Geologia no Museu Britânico [História Ntaural] em 1912) até Piltodown em expedições onde eles descobriram a mandíbula;
W. J. Sollas, professor de geologia em Oxford;
Grafton Elliot Smith, que escreveu um artigo sobre a descoberta em 1913;
Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes; e
Martin A. C. Hinton, um curador de zoologia na época da farsa de Piltdown. Um tronco com as iniciais de Hinton gravadas foi encontrado em um porão do Museu de História Natural de Londres. O tronco continha ossos manchados e entalhados do mesmo jeito que os fósseis de Piltdown.
A evidência em cada caso é circunstancial e não é muito forte. O que é mais altamente provável é que haverá muito mais livros especulando acerca da identidade do criador da farsa de Piltdown.
A Moral da Farsa de Piltdown
A moral sobre a Farsa de Piltdown é que o meio científico pode cometer falhas e a atividade humana nem sempre toma a direção certa no sentido de cumprir o seu objetivo de entender o funcionamento da natureza. Quando ocorre uma anomalia tal como a descoberta de um crânio humano com uma mandíbula de macaco, alguém já se apressa em tentar encaixar tal anomalia dentro de uma nova teoria, reexaminar a evidência em busca de erros ou interpretações equivocadas, ou mostrar que a assim chamada anomalia não é necessariamente uma anomalia, mas que, de fato, se encaixa na teoria em voga. Seja qual for o caminho escolhido pelo cientista, o mesmo deverá ser guiado mais por esperanças pessoais e preconceitos culturais do que por alguma objetividade mítica caracterizada pela coleção e acumulação de descoloramento, fatos impessoais para serem classificados dogmaticamente dentro de um Teoria Geral da Verdade Objetiva e do Conhecimento.
Mas antes de classificar cientistas como arrogantes fanfarrões fazendo alegações que posteriormente acabam sendo provadas como sendo falsas, e antes de fazer caricaturas da ciência porque a mesma não é infalível, é bom prestar atenção em alguns esclarecimentos acerca da natureza da ciência. Os fanfarrões são aqueles que depositam certeza absoluta onde não há certeza sobre nada; os fanfarrões são aqueles que não entendem o valor e a beleza das probabilidades na ciência. Os arrogantes são aqueles que pensam que a ciência é uma mera especulação só porque alguns cientistas cometem erros, mesmo que sejam erros egrégios, ou até mesmo cometem fraudes para tentar validar seus preconceitos. Os arrogantes são aqueles que não sabem dizer a diferença entre uma hipótese testável e uma não testável e que pensam que uma especulação é tão boa quanto outra. Os fanfarrões são aqueles que pensam que quando ambos, tanto cientistas quanto criacionistas ou quaisquer outros pseudocientistas expõe teorias, cada um está fazendo essencialmente a mesma coisa. Entretanto, todas as teorias não são empíricas, e entre aquelas que são empíricas, nem todas são igualmente especulativas. Ademais, aqueles criacionistas que pensam que a Farsa de Piltdown demonstra que cientistas não conseguem datar ossos com exatidão deveriam se lembrar que os métodos de datação de tais coisas melhoraram bastante desde 1910. (LINK)
Por causa da natureza pública da ciência e da aplicação universal de seus métodos e por causa do fato de que a maioria dos cientistas não são cavaleiros defensores de seus próprios preconceitos não testados ou intestáveis, da mesma forma que muitos pseudocientistas, quaisquer que sejam os erros cometidos pelos cientistas, eles serão descobertos por outros cientistas. A descoberta será suficiente para colocar a ciência novamente nos trilhos. O mesmo não pode ser dito para os pseudocientistas como os criacionistas, cujos erros não podem ser detectados porque as suas alegações não podem ser testadas apropriadamente. E quando críticos identificam erros, eles são ignorados por crentes sinceros.
Nota: Um outro livro sobre a Farsa de Piltdown foi publicado desde a descoberta do Tronco de Hinton: Unraveling Piltdown: The Science Fraud of the Century and Its Solution, de John Evangelist Walsh (Random House, 1996). O livro aponta o dedo novamente em direção a Dawson.
LINKS SOBRE O ASSUNTO:
livros e artigos
Anderson, Robert B. "The Case of the Missing Link," Pacific Discovery (1996).
Feder, Kenneth L. "Piltdown, Paradigms, and the Paranormal." Skeptical Inquirer 14.4 (1990) 397-402.
Gee, Henry. "Box of Bones 'Clinches' Identity of Piltdown Paleontology Hoaxer," Nature (23 de Maio de 1996).
Gould, Stephen Jay. "Evolution as Fact and Theory," in Hen's Teeth and Horse's Toes (New York: W.W. Norton & Company, 1983).
Gould, Stephen Jay. "Piltdown Revisited," em The Panda's Thumb, (New York: W.W Norton and Company, 1982).
Johanson, Donald C. and Maitland A. Edey. Lucy, the beginnings of humankind (New York: Simon and Schuster, 1981).
Popper, Karl R. The Logic of Scientific Discovery (New York: Harper Torchbooks, 1959).
websites
O Perpetrador de Piltdown, por John Hathaway Winslow e Alfred Meyer
A Página do Homem de Piltdown, por Richard Harter - O site foca principalmente em quem deveria ter sido o responsável pela criação da fraude de Piltdown.
O Homem de Piltdown - A Brincadeira dos Ossos Falsos, por Richard Harter
Piltdown: O homem que nunca foi, por Lee Krystek
O Sítio de Piltdown
Desmascarando Três Boatos, por James Opie
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