segunda-feira, 25 de março de 2013

PSEUDOCIÊNCIA E FALÁCIAS A SERVIÇO DA FÉ


"Geneticista tenta rebater Silas Malafaia, mas falha em sua missão"

O título da matéria já demonstra que trata-se de um defensor das mentiras do pastor em questão.

"O geneticista Eli Vieira, se sentiu incomodado com a entrevista do Pastor Silas Malafaia no De Frente Com Gabi, sobretudo referente as partes que o pastor disse sobre genética  e afirmou que segundo ela, 'ninguém nasce gay'."

Vieira é um daqueles que não conseguem ouvir besteiras e continuar quieto. É um erro dele, pois tentar argumentar racionalmente com fanáticos religiosos é perda de tempo e o rebaixa à condição de irracionalidade dos mesmos.

"Quero aproveitar e sugerir a entrevista com a Cientista brasileira Claudia A. Alves, com mestrado em Química Analítica e doutoranda em Física Aplicada e Biologia Molecular pela USP, onde ela fala sobre o 'determinismo homossexual segundo a genética', trazendo uma visão completamente favorável a defendida pelo Pastor Silas. (Disponível no final deste texto)."

Claudia é mais um exemplo daqueles crentes que deixam a sua crença contaminar o seu trabalho de cientista. Geralmente a Comunidade Científica não costuma dar muita confiança a cientistas falaciosos, que só costumam ter credibilidade nas rodinhas dos crentes fundamentalistas.

"Obviamente tudo que se refere a ciência pode (e deve) ser contestado. Dificilmente você ira encontrar algum tema nesse meio que todos pensem da mesma forma. Porem ao tentar 'desmascarar' os argumentos do pastor, Eli Vieira acaba caindo no mesmo problema em vários momentos do vídeo."

A ciência deve ser contestada por cientistas baseados em evidências e não por fanáticos religiosos com diploma universitário que se dizem cientistas mas que só usam a ciência para tentar dar um verniz racional aos seus delírios religiosos.

"Mostrando os resultados de pesquisas como se estes fossem praticamente 'verdades absolutas', como quando ele diz citando um estudo, que 'o homem homossexual se sente mais atraído pelo odor masculino, do que um hétero'. Ao que parece, Eli esta apenas defendendo uma causa própria, não sendo nem um pouco imparcial sobre seus argumentos contestáveis, assim como Malafaia."

"Verdades absolutas" só existem na religião. E, ao referendar a falácia da "causa própria" defecada por Malafaia, o refutador apenas repete uma falácia de pressuposição, apenas isso.

"Eli também cita um estudo que mapeou o cérebro de homens homossexuais. No programa, Malafaia diz que tal estudo 'não deu nada'. 'Como não deu nada? Os neurocientistas investigaram o cérebro de pessoas heterossexuais e homossexuais e já mostraram que especificamente nas regiões do cérebro relacionadas a prazer sexual e conexão emocional homens heterossexuais mostram similaridades cerebrais com mulheres heterossexuais', rebateu Eli.

Malafaia deveria se informar mais antes de abrir a boca.

"Alias eu acho esse estudo super 'tiro no pé' para o Movimento Homossexual, uma vez que ele, se confirmado, deixa claro que o comportamento gay seria na verdade um desvio da heterossexualidade, e nao um 'terceiro sexo' como muitos querem acreditar."

Pelo que se vê no vídeo, Vieira não defende nenhum "movimento homossexual", e sim uma disciplina científica que foi agredida pelas fezes verbais de um pastor ignorante. Uma disciplina científica da qual Vieira é doutorando em uma das melhores faculdades do planeta.

"Parece que o fator genético seria a chave da questão, no entanto eu não acho que isso mudaria a essência da opinião dada pelo pastor. O que muda o fato de nascer ou não gay? Por acaso tudo que 'nasce' com o ser humano são coisas necessariamente boas e positivas? Ele pode nascer gay e a homossexualidade continuar sendo um comportamento que pode ser visto como negativo."

O perigo no discurso homofóbico e raivoso do pastor não reside sequer no fator genético, que deveria ser tratado por um geneticista e não por um pastor, mas na potencialidade de insuflar o ódio fundamentalista de crentes mais toscos e com tendência maior à violência.

"Silas Malafaia mostra toda sua coragem no De Frente Com Gabi"

Silas Malafaia mostrou todo o seu ódio e fudamentalismo raivoso no De Frente Com Gabi

"O ser humano nasce com varias tendencias negativas, como o ódio  a inveja, egoismo e ate mesmo doenças genéticas. Muitos comportamentos que devemos combater em nosso dia a dia, já são manifestos desde muito cedo nas crianças  Não quero tomar partido, mas esta mais do que certo, segundo a própria ideia bíblica,  que o ser humano já nasce com muitas 'tendencias pecaminosas', que podem ser combatidas."

O termo "tendência pecaminosa" só é usado por fundamentalistas. "Pecado" é uma invenção cultural do povo hebreu, um povo selvagem da Idade do Bronze que criou um mito que é adotado até hoje por pessoas que não aceitam o progresso da ciência e preferem cultivar uma mentalidade medievalista e obscurantista. Sob a desculpa esfarrapada de "pecado", os fundamentalistas podem exercer todo o seu ódio contra minorias que não se encaixam em sua visão de mundo


"ENTREVISTA (Realizada pelo ICP e publicada na revista Defesa da Fé)

Gays Pela Natureza?

Por Jamierson Oliveira- Revista Defesa da Fé.

Em sua edição de janeiro, a revista Época publicou entrevista com a bióloga transexual Joan Roughgarden, sob o título 'Gays pela natureza'. Como o próprio título denuncia, a entrevistada apelou para exemplos do mundo animal para justificar o comportamento homossexual humano.

Diante disso, o ICP convidou sua consultora em bioética, a Cientista brasileira Cláudia Aparecida Alves (foto), com mestrado em Química Analítica e doutoranda em Física Aplicada e Biologia Molecular pela USP, para trazer alguns esclarecimentos, sob uma perspectiva científica e cristã, sobre esta polêmica questão.

Acompanhe a entrevista que segue."

"Científica e cristã". Isso não cheira bem. Vamos conferir...


"Defesa da Fé – A bióloga americana Joan Roughgarden, em seu livro Arco-íris evolutivo, buscando validar o homossexualismo, afirma que homossexuais e transexuais são abundantes em várias espécies animais. Isso é verdade?

Cláudia Alves – Antes de responder, gostaria de mencionar um fato curioso: Joan nasceu homem. Chamava-se Jonathan. E hoje é transexual. Ou seja, um homem que alega ter a mente de mulher. Só este fato já nos diz muita coisa sobre sua tese!"

Claudia Alves defende uma visão "cristã e científica" como se existisse alguma coisa de científico em coisas como "ressurreição", "andar sobre as águas" e outras bobagens. Só isso ja diz quase tudo sobre as abobrinhas pseudocientíficas de gente como ela.

"Agora, vamos à resposta. Alguns estudos dão conta de que existam cerca de setenta espécies de aves e trinta de mamíferos nas quais podem ser observados algum tipo de comportamento homossexual."

Sim, isso está certo.

"Para o biólogo Bruce Bagemihl, a soma dos casos de vertebrados com esse tipo de comportamento chega a trezentas espécies. Diante da quantidade de espécies existentes no Planeta, esses números não são expressivos. Também é fundamental levar em conta as circunstâncias em que ocorrem tais fatos. Por exemplo: entre os lagartos rabo de chicote, não existem machos e a reprodução é assexuada, por partenogênese (os óvulos não precisam ser fecundados por espermatozóides)."

Quantos estudos realmente abrangentes sobre esse tema já foram publicados? Por qual razão a cientista afirma que um comportamento deve ser ou não deve ser relevante baseada apenas na estatística de sua ocorrência? Quais circunstâncias poderiam ser levadas em conta para que esse comportamento pudesse ser considerado anômalo como pretendem os fundamentalistas mais raivosos? Com base em quais estudos a cientista poderia afirmar que o ato sexual no reino animal deve ser executado APENAS com fins reprodutivos?

"Assim, uma fêmea estimula a postura de ovos de outra fêmea. Outro caso observado é que, algumas vezes, casais do mesmo sexo são formados e passam a cuidar de filhotes abandonados. Outras vezes, há a falta de parceiros adequados durante o cio. O peixe donzela e o labrídeo de cabeça azul vivem em bandos dominados por um único macho. Caso este macho morra, a maior fêmea do grupo vai sofrer uma mudança em sua fisiologia morfológica e passará a ser macho. Esses casos são vistos como comportamentos homossexuais."

Com base em quais estudos a cientista afirma isso? Tudo isso que a cientista aqui colocou, mesmo que corresponda à realidade, nada tem a ver com CÓPULA homossexual. Ela afirmar que esse tipo de comportamento tem a ver com homossexualidade parece mais um espantalho. Se são vistos como "comportamentos homossexuais", são classificados erroneamente como tal.


"Defesa da Fé – O que isso prova sobre a prática homossexual humana?

Cláudia – Não há como estabelecer um paralelo de expressão sexual baseado, única e exclusivamente, no comportamento de espécies tão diferentes. É forçar demais querer colocar na mesma balança a razão, o instinto e o cio."

Tais exemplos são colocados em argumentações para demonstrar que a homossexualidade é natural, pois está na natureza. "Forçar demais" é o que a cientista fez em sua colocação anterior, equiparando comportamentos específicos com cópula homossexual. Não há nada de racional no instinto sexual. O instinto é animalesco, e o paralelo traçado entre o comportamento sexual de animais irracionais com o do único animal racional deste planeta é justamente o fato de ser natural. Apenas isso. Até o canaibalismo, apesar de parecer hediondo, pode ser assumido como natural em casos extremos, como no caso dos sobreviventes do acidente aéreo dos Andes na década de 1970. Mas há uma grande diferença entre ambos: se, de um lado, o canibalismo é visto como repugnante, pois é prejudicial, a homossexualidade trata-se de comportamento individual e que não prejudica terceiros.


"Defesa da Fé – Como explicar, então, o comportamento desses animais, como, por exemplo, os macacos bonobos, da África Central?

Cláudia – Na natureza uma das funções do sexo é estabelecer a comunicação entre indivíduos da mesma espécie. A sociedade dos chimpanzés, conhecidos como bonobos, é bem peculiar. Não há núcleo familiar, vivem em bandos. Não há casais fixos e as fêmeas aceitam os machos durante todo o ciclo menstrual. O sexo é praticado a qualquer hora e em posições muito curiosas. Entre eles, há a prática homossexual, sexo entre adultos e filhotes e sexo grupal. Nesta espécie, o sexo serve de moderador da agressividade. Tanto que de todos os primatas, os bonobos são os menos agressivos. Esta é a razão!"

Mesmo nesta explicação, a cientista não conseguiu demonstrar nenhum traço de "antinaturalidade" no camportamento homossexual de animais irracionais como os macacos bonobos.


"Defesa da Fé – Não é temerário evocar esses casos para justificar o comportamento humano? Isso não abre também um precedente para justificar, pelos mesmos princípios, a violência?

Cláudia – Claro! Caso a humanidade opte por justificar suas atitudes baseando-se em comportamentos de animais muitos outros precedentes poderiam ser abertos. Juntando-se ao precedente da violência, temos o da poligamia, o do canibalismo, o do infanticídio, etc... Animais, muitas vezes, comem o próprio filhote e praticam o incesto. Mas para a razão humana tais comportamentos não são aceitáveis. Por outro lado, também há precedentes interessantes, como, por exemplo, a fidelidade entre os parceiros (45% das aves são fiéis no relacionamento)."

Sob esse prisma, a bíblia também não serve como parâmetro para o comportamento de ninguém que seja minimamente civilizado. O rei Salomão era polígamo, tinha 700 esposas e 300 concubinas; o Antigo Testmento possui várias passagens em que o persoangem fictício javé ordena o estupro de virgens menores de idade, o assassinato de idosos e crianças, entre outras barbaridades. Incesto, inclusive. Abraão além de manter um casamento incestuoso com sua irmã, era corno. Entregou sua mulher Sara para o Faraó em troca de riquezas e o mesmo fez em Gerar, entregando novamente sua mulher para o rei Abimeleque. Que belo exemplo de moralidade, não é mesmo? Quanto à violência, é antinatural. Violência é diferente de agressividade. Os animais são agressivos, pois a agressividade permite a sobrevivência. Quanto ao canibalismo, alguns estudos demonstram que, em determinado período da caminhada evolutiva, o homem já foi canibal, coisa que foi abolida pela conquista da empatia, sentimento que doutrinas sanguinárias como o judaísmo-cristianismo desconheciam em seus primórdios (lembram-se do lunático Paulo observando o seu amigo Estêvão sendo apedrejado e não fazendo nada para impedir?). A empatia foi uma conquista da civilidade e da racionalidade e não de doutrinas de fé como o evangelho, que são irracionais e primitivas.


"Defesa da Fé – Outros pesquisadores falam que há mais de dois sexos, ou seja, o chamado terceiro sexo.

Cláudia – Comprovados biologicamente existem apenas dois sexos entre os vertebrados: o masculino e o feminino. Os cromossomos X e Y vão determinar o sexo cromossômico. A combinação XX dá origem ao sexo anatômico feminino e a combinação XY ao sexo anatômico masculino. A ação dos hormônios sobre o sexo cromossômico resulta na definição do sexo gonodal que, por sua vez, também forma apenas dois: masculino e feminino. Comprovar a existência de um de terceiro sexo agora parece ser tarefa de psicólogos e psicanalistas."

"Terceiro sexo" é um espantalho que não tem nada a ver com a discussão.


"Defesa da Fé – Do ponto de vista biológico, é correto separar sexualidade de relações sexuais?

Cláudia – Sim. A sexualidade está baseada no desenvolvimento biológico do indivíduo, determinando comportamentos e atitudes característicos que são moderados pela cultura em que está inserido. A relação sexual é o ato de fazer sexo e está diretamente ligada ao objeto de desejo de cada indivíduo."

Isso mais parece argumento de psicólogo do que de biólogo


"Defesa da Fé – Qual é o poder de influência dos hormônios no comportamento gay?

Cláudia – Roges Goski, da universidade da Califórnia – EUA, fez experimentos com ratas na qual aplicou testosterona (hormônio) ainda na fase intra-uterina e observou que estes animais apresentavam comportamentos masculinos já na primeira fase da vida. Eram mais agressivas e se sentiam atraídas por outras fêmeas.

Entretanto, é notório que os homossexuais e as lésbicas são visualmente homens e mulheres biologicamente normais. Não evidenciam problemas hormonais. Assim, a carga hormonal não é uma boa opção para explicar a causa do comportamento homossexual."

Nem sempre a aparência é mudada, tendo em vista que há diversas gradações no comportamento sexual e nada é tão fixo assim.


"Defesa da Fé – Não há nenhuma diferença genética e biológica entre os heterossexuais e os homossexuais?

Cláudia – Até o presente momento não há nada que ampare o comportamento homossexual sob o prisma da biologia e da genética. O que há são especulações, como a que foi levantada pelo geneticista Deam Hamer, que alardeou ter descoberto o gene da homossexualidade e o chamou de GAY-1. Mas o meio científico não lhe deu crédito."

Isso é o que alega fanáticos religiosos com diploma universitário. Informações nessa área devem ser buscadas longe de ambiente religioso, em pesquisas sérias desenvolvidas por cientistas isentos e sem nenhum tipo de envovlimento com instituições religiosas. Por exemplo, o geneticista Eli Vieira, doutorando da Universidade de Cambridge, já demonstrou, através de diversos artigos científicos, que a homossxualidade pode, sim, ter componentes genéticos, pode ter influência genética.


"Defesa da Fé – Então, há maiores evidências para que a homossexualidade seja considerada um fenômeno sociológico e não biológico?

Cláudia – Sim. A civilização moderna acha ultrapassada a relação exclusiva entre homem e mulher. Na busca do prazer pelo prazer, querem sempre mais. As relações extraconjugais, o sexo com animais, as orgias em grupo, a prática homossexual, a pedofilia... tudo isso são expressões de uma sociedade fascinada com o gozo transitório dos sentidos. Os que não aceitam tal comportamento são ridicularizados e taxados de preconceituosos.

Aqui a cientista demonstra um nazicristianismo semelhante ao da atriz Myrian Rios, que comparou homossexualidade com pedofilia. Ela pode recorrer a esse desrespeito sob a desculpa de "liberdade religiosa". Agora, se algum ateu ou cético ou qualquer outra pessoa fazer qualquer tipo de relação entre os termos "pastor" e "estelionatário" é ofensa, não é liberdade de expressão. Os crentes querem impor uma ditadura teocrática no Brasil e estão atacando em todas as áreas, inclusive na área da ciência, que costuma desmascarar as lendas idiotas que estão na bílbia. Ao contrário dessas pessoas com mentalidade medieval, a sociedade evolui, ninguém é obrigado a sustentar uma visão de ódio que predominou em sociedades mais atrasadas. O livro de Levítico, por exemplo, prega a pena de morte para homossexuais. Talvez os crentes mais fundamentalistas queiram perpetuar esse tipo de barbaridade. Ou seja, a mentalidade deles estacionou na Idade Média.


"Defesa da Fé – Como os evolucionistas interferem nesta questão da homossexualidade?

Cláudia – Os organismos do mundo microscópico são milhões de vezes mais numerosos do que os animais do mundo macro. A reprodução destes microorganismos é assexuada e duplica a cada vinte minutos por meiose, ao que consta, sob total ausência de prazer. Diante deste fato, a conclusão é de que o sexo não surgiu no processo evolutivo para gerar filhotes, uma vez que seres mais primitivos fazem isto melhor do que animais superiores.

Assim, para os evolucionistas o sexo surgiu para 'misturar' genes de duas fontes distintas e gerar um filhote mais resistente às doenças. Quanto à prática homossexual, bem... este comportamento não é mencionado na teoria da evolução das espécies."

Quando alguém com formação científica usa o termo pejorativo "evolucionista" já denuncia a visão fundamentalista sobre determinados assuntos.


"Defesa da Fé – E quanto ao chamado determinismo biológico?

Cláudia – A corrente de pensamento do chamado determinismo biológico ou genético enxerga o comportamento homossexual como resultado de uma variação genética e, neste caso, seria uma doença ou 'quase-doença'. Outra corrente analisa essa prática como resultado da educação ou do meio ambiente em que o indivíduo foi criado, sendo sua orientação sexual algo totalmente normal. Esta última é a defendida pelos gays, lésbicas e simpatizantes (GLS)."

Quando se relaciona os termos "homossexualidade" e "doença", os fundamentalistas provavelmente se desmancham em orgasmos de alegria. Falta avisar à Organização Mundial de Saúde, que não considera tal comportamento como doença já há décadas. A sociedade evolui, a ciência progride e os fanáticos continuam na Idade Média.

"Apesar do genoma humano já ter sido seqüenciado, ainda não foi encontrado nenhum gene que seja a causa comprovada da homossexualidade."

Eli Vieira, em seu vídeo, demonstra que há influência genética, não determinação genética.

"Os estudiosos do assunto são unânimes em dizer que as causas desse comportamento ainda são desconhecidas da ciência. Nisto os cristãos estão à frente, pois sustentam a tese de que a prática homossexual é um ato de rebeldia contra os planos de Deus."

Estava demorando para botar as manguinhas fundamentalistas de fora. Quando um cientista começa com esse tipo de discurso imbecil, colocando termos como "rebeldia" e "deus" em contexto científico, já fica claro que o compromisso desse cientista não é propriamente com a ciência...


"Defesa da Fé – Existe partidarismo entre a classe científica?

Cláudia – Onde há pessoas há partidos. O partidarismo científico é baseado em perguntas e respostas. Se a resposta for boa e 'científica', então o partido cresce. Se não, pode ser ignorado ou esquecido. Os cientistas também são frutos de uma sociedade e possuem valores pessoais expressos pelo seu tempo, como, por exemplo, o machismo e a homofobia acadêmicos mencionados pelo biólogo Jonathan que, agora assina com o nome de Joan Roughgarden."

Claro que existe partidarismo. O que se discute não é nem isso e sim o tipo daninho de cientista partidário que se infiltra no meio científico apenas em busca de promoção pessoal ou para promover pseudociências hediondas como "design inteligente".


"Defesa da Fé – Segundo o apóstolo Paulo, a prática homossexual é o abandono do modo natural por outro contrário à natureza. Há respaldo científico para esta conclusão?

Cláudia – Biologicamente podemos dizer que sim. Na espécie humana, o ato sexual é fundamental para a procriação e continuação da espécie. Enquanto que a relação homossexual é estéril, ou seja, não segue o padrão natural de nascer, crescer, reproduzir e morrer. Talvez isso explique a homofobia (aversão à prática homossexual) de algumas espécies animais. Um exemplo curioso e o veado-de-rabo-branco, que chega a agredir os da sua espécie que apresentem comportamento homossexual."

Quando um cientista referenda as palavras do assim chamado "apóstolo" Paulo, acaba por dar descarga em todos os seus títulos acadêmicos e perde automaticamente a respeitabilidade intelectual. Um dos grandes pensadores da atualidade, o brilhante filósofo francês Michel Onfrey, em uma entrevista concedida à revista Veja, diagnosticou, com toda a precisão, esse personagem bíblico como um histérico. Quando um cientista dá valor às palavras de um histérico delirante, temos um problema. A homossexualidade é natural, pois é encontrada na natureza. Até mesmo o comportamento homofóbico. O comportamento do veado-de-rabo-branco só referenda o caráter amoral, indiferente e contraditório da natureza. O que não pode ser sustentado de acordo com o que encontramos na natureza é essa historinha de "pecado", que, pelo que tudo indica, não passa de instrumento de dominação doutrinária sobre massas ignaras. A natureza não é moral e nem imoral. E pecado é criação cultural e opressiva do homem.



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